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Aplicar as poupanças num investimento que as faça crescer é sempre uma prioridade para quem consegue ter algum dinheiro de lado. Nestas situações, é natural que as opções mais seguras sejam as primeiras da lista, e aqui os Certificados do Tesouro Poupança Crescimento são um nome incontornável.
Estes títulos de dívida pública são uma boa opção para quem não quer ter o dinheiro parado, mas também não gosta de assumir riscos.
Se este é o seu perfil de investidor, aprenda tudo o que importa sobre os Certificados do Tesouro Poupança Crescimento e entenda se é a solução ideal para si.
Certificados do Tesouro Poupança Crescimento: como funcionam
O que são os Certificados do Tesouro Poupança Crescimento?
Os Certificados do Tesouro Poupança Crescimento são títulos de dívida pública com capital garantido, uma espécie de empréstimo que os cidadãos fazem ao Estado Português.
Na prática, funcionam como um depósito a prazo: nós cedemos algum dinheiro ao Estado Português e em troca recebemos a promessa de uma devolução com juros.
Quais são as vantagens?
A maior vantagem desta aplicação financeira é mesmo o facto de ser um empréstimo de dinheiro ao Estado, que em princípio nunca vai abrir falência e puxar-lhe o tapete como já tantos bancos privados fizeram aos clientes.
A outra vantagem é que a taxa de juro é fixa e tende a ser tão ou mais atrativa como as aplicações financeiras disponíveis no mercado dos bancos.
Assim, a aplicação de dinheiro nos Certificados do Tesouro Poupança Crescimento é uma aposta ganha à partida, porque sabe que não perde dinheiro nem corre o risco de dar com o nariz na porta quando quiser resgatar o que lhe pertence.
Quais são as desvantagens?
Estes Certificados têm as mesmas desvantagens que qualquer aplicação financeira de taxa de juro fixa: se, de hoje para amanhã, a Euribor subir, a sua taxa de juro vai manter-se igual.
Isto quer dizer que, em empréstimos a longo prazo, arrisca-se a chegar ao fim com uma taxa de juro que, comparada com as praticadas pelos bancos nesse momento, já não é tão atrativa assim. E os Certificados do Tesouro Poupança Crescimento só funcionam com prazos longos.
Certificados do Tesouro Poupança Crescimento: como aderir
Primeiro, tem de abrir uma conta Aforro nos CTT. Depois, é só ir ao balcão e subscrever os Certificados do Tesouro Poupança Crescimento que quiser.
Quanto tenho de investir?
Os Certificados do Tesouro Poupança Crescimento têm um valor mínimo de investimento de 1000€ e podem ir até um milhão de euros.
Durante quanto tempo?
Os Certificados do Tesouro Poupança Crescimento são feitos a sete anos e o prazo não é negociável.
Posso mobilizar o dinheiro?
Só pode mobilizar o dinheiro que aplicou nos Certificados do Tesouro Poupança Crescimento a partir de um ano após a subscrição. Depois disso, a mobilização pode ser total ou parcial e implica a perda dos juros corridos desde o último pagamento de juros.
Quanto vou ganhar?
Neste momentos, os Certificados do Tesouro Poupança Crescimento têm uma rentabilidade de:
- 0,75% no primeiro e no segundo ano;
- 1,05 % no terceiro ano;
- 1,35 % no quarto ano;
- 1,65 % no quinto ano;
- 1,95 % no sexto ano;
- 2,25 % no sétimo ano.
Isto significa que, ao fim dos 7 anos, a taxa de juro média será de 1,38%.
Além das taxas de juro, os Certificados do Tesouro Poupança Crescimento têm um prémio associado de 40% do crescimento médio do PIB no ano anterior (que se soma à taxa de juro fixa a partir do 2.º ano), e que pode ser, no máximo, de 1,2%.
Todos os rendimentos são transferidos, anualmente, para a conta bancária do titular associada à Conta Aforro
E se o titular morrer antes de terminar o prazo?
Os Certificados do Tesouro Poupança Crescimento podem ser herdados, ou seja, se o titular morrer, os herdeiros legais podem receber os rendimentos dos Certificados do Tesouro Poupança Crescimento que este subscreveu em vida.
Os Certificados do Tesouro Poupança Crescimento não são a opção mais rentável do mundo, mas são certamente a mais segura que tem, neste momento, disponível no mercado.
Criados pelo Estado Português, são a opção ideal para quem não quer arriscar – mesmo que isso signifique ganhar menos -, por isso devem ser sempre uma alternativa a considerar quando em causa está a aplicação de poupanças para preparar o futuro.