Para quem gosta de uma boa cervejinha, pode já contar com esta bebida mais cara, entre 5% para a Sagres e 6% para a Super Bock.
A razão para esta decisão está no aumento significativo do custo do malte, o aumento do preço da energia, tanto combustíveis como energia eléctrica, assim como as embalagens. Tais subidas não davam condições à indústria para suportar os custos e garantir a sua sustentabilidade no mercado.
Este aumento que varia entre 5% e 6%, implica uma variação no preço na ordem dos 20 cêntimos, se considerarmos um pack de 6 cervejas que actualmente custa, em média, 3,49€ e que ainda este ano passará a custar 3,70€.
Mesmo com os preços existentes, sem qualquer alteração, a indústria já se ressente duma quebra na procura, devido ao actual panorama de recessão e crise que se vive e que provoca alterações no consumo. Agora alterando os preços, o sector irá sentir ainda mais este efeito, mas não tem outra saída para se aguentar no mercado.
Segundo o director da Central de Cervejas, Alberto da Ponte, que além da Sagres gere marcas como Imperial, Heineken e Guiness, ainda há margem de manobra para o aumento do preço da cerveja em Portugal pois é dos países europeus onde esta bebida é mais barata.
O director salvaguarda o bom nome da empresa, afirmando que nestes últimos dois anos mesmo reduzindo os custos da empresa em 14 milhões de euros, tal foi possível sem despedir nenhum trabalhador, mas antes apostando na eficiência energética.
António Pires de Lima, o presidente da Unicer, detentora da marca Super Bock, Cristal e Carlsberg afirma que já estão a fazer as correcções ao preço das cervejas, sendo que algumas já foram feitas e outras ainda este trimestre serão submetidas a alterações, pois é insustentável a sobrevivência das empresas do sector sem mexer nos preços.