Pedro Andrade
Pedro Andrade
07 Jun, 2017 - 08:00

Cesariana: tudo o que precisa de saber

Pedro Andrade

Parto natural ou cesariana? Esta é uma dúvida cada vez mais recorrente. Descubra mais sobre a cesariana.

Cesariana: tudo o que precisa de saber

O parto é, sem dúvida, o momento mais aguardado da gravidez. Uma das dúvidas que passa pela cabeça das futuras mães é se o parto deverá ser natural ou por cesariana.

Por norma, os médicos aconselham o parto natural. Ainda assim, existem diversos casos em que a cesariana é necessária:

  • Descolamento da placenta;
  • Eclâmpsia ou pré-eclâmpsia (estas doenças se não forem tratadas podem levar a complicações para a mão e para o bebé);
  • Mau posicionamento do feto;
  • Problemas de dilatação;
  • Mulheres que apresentam riscos de rutura do útero por já terem sido submetidas a pelo menos duas cesarianas.

No que consiste a cesariana?

A cesariana consiste numa cirurgia para retirar o bebé através do abdómen. A taxa de complicações da cesariana é muito baixo mas, ainda assim, os riscos são maiores do que no parto natural.

Anestesia e cesariana: quais as opções?

Existem vários tipos de anestesias a serem aplicadas numa cesariana.

Na geral, a mulher não está consciente durante todo o procedimento. Por norma, a mulher sente náuseas e bastante sono quando acorda do efeito anestésico.

As anestesias regionais podem ser de dois tipos:

  • Raquidiana: a anestesia é aplicada na zona lombar. Quando é colocada a agulha, a mulher tem a sensação de um pequeno choque elétrico. Este é um procedimento rápido e que demora apenas alguns minutos;
  • Epidural: nestes casos é necessária a introdução de um cateter.

Em ambas as anestesias regionais, a mulher vai sentir uma sensação de calor, formigueiro e de peso nas pernas. O efeito é sentido de forma gradual de baixo para cima e, em alguns casos, a anestesia pode provocar uma sensação de tontura e enjoo. Assim sendo, é sempre importante que a mulher vá dizendo aos médicos presentes o que está a sentir.

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Cesariana: quais os procedimentos?

Antes do início da intervenção cirúrgica, os enfermeiros vão introduzir um tubo na bexiga para que seja drenada toda a urina durante a cesariana. Depois do abdómen ser disenfetado, o obstetra faz uma incisão transversal logo acima da região pública.

Durante a abertura das várias camadas abdominais, do útero e do saco amniótico (até à retirada do bebé) é normal que a mulher sinta alguma pressão, mas nunca dor.

Depois de ser retirada a placenta, é injetado um medicamento através do soro que ajuda a contrair o útero. De seguida, é administrado um antibiótico para evitar qualquer tipo de infeção cirúrgica.

Terminado o processo de limpeza da cavidade uterina, o obstetra sutura o útero e as várias camadas abdominais.

Tempo de recuperação

Se a cesariana decorrer sem complicações, a incisão abdominal cicatriza entre cinco a sete dias (momento em que são retirados os pontos).

Finalmente, as mulheres que recorrem à cesariana não podem esforçar os músculos abdominais durante seis semanas (ao contrário das mulheres que têm partos naturais).

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