Sofia Ramos
Sofia Ramos
24 Jan, 2018 - 08:25

Circuito Triângulo da China: 12 boas razões para o fazer

Sofia Ramos

Pequim, Xangai e Xian formam o triângulo dourado chinês. Neste artigo, damos-lhe ótimos motivos para visitar estas cidades com história e cultura grandiosas.

Circuito Triângulo da China: 12 boas razões para o fazer

Cerca de dez mil quilómetros separam Lisboa de Pequim. São 13 horas de voo direto ou quase um dia de viagem se fizer escalas. Mas por mais longa e cansativa que seja a viagem, o assombro do Circuito Triângulo da China promete compensar qualquer jet lag. Pequim, Xangai e Xian: três cidades chinesas arrebatadoras, sobretudo para quem chega do Ocidente.

Só na cidade de Xian, a mais pequena deste trio, vivem mais de 8 milhões de pessoas; em Pequim – ou Beijing – a capital do país, vivem 21 milhões, e Xangai, a maior e mais populosa, acolhe mais de 24 milhões. É fácil perceber que um dos primeiros choques que se sente quando se aqui se chega é a escala, a enormidade do país e das suas cidades.

De seguida, mostramos-lhe uma seleção daquilo que não deve perder nestas três urbes chinesas, onde vai encontrar um património histórico milenar, uma gastronomia peculiar, hábitos e tradições singulares e paisagens insólitas, a par de edifícios modernos e altamente tecnológicos.

12 motivos para embarcar no circuito Triângulo da China em 2018

Em Pequim

Cidade Proibida

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No centro de Pequim, a norte da Praça de Tianamen, a Cidade Proibida é um grande palácio imperial, que serviu de residência e sede política dos imperadores ao longo de cinco séculos, desde a dinastia Ming à dinastia Quing.

O nome nasceu do facto de só a família imperial e os empregados autorizados poderem entrar neste complexo, que era uma autêntica cidade dentro da cidade. Construído no século XV, é considerado o maior palácio do mundo e diz a lenda que é constituído por 980 edifícios e 9.900 divisões. Atualmente, está convertido em museu, podendo ser visitado.

Grande Muralha

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Esta obra colossal, que demorou vinte séculos a ser finalizada, é uma das 7 Maravilhas do Mundo Moderno. Após vários estudos e medições, concluiu-se que a sua extensão é de cerca de vinte mil quilómetros.

Existem troços visitáveis muito próximo de Pequim, no entanto, estes são bastante concorridos pelos turistas, pelo que vale a pena investir numa deslocação maior e admirar a Muralha em Huanghua, a 70 quilómetros da capital, ou em Jinshanling, que fica a 130 quilómetros, mas oferece um cenário único da muralha a serpentear as colinas.

Já ouviu dizer que a Muralha da China é a única construção humana visível da lua, certo? Errado: não passa de um boato, lançado por uma revista americana há muitos anos.

Palácio de Verão

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“Jardim da Harmonia Cultivada”. É este o significado de “Yiheyuan”, o nome do palácio que ficou popularmente conhecido como Palácio de Verão. Fazendo jus à grandiosidade das construções imperiais chinesas, é muito mais do que um simples palácio, sendo constituído por diversos pavilhões, torres e pontes, um lago artificial imenso e jardins luxuriantes.

Encontra-se a cerca de 15 km do centro de Pequim, instalado na “Colina da Longevidade”, sendo fácil lá chegar de metro. No seu interior, destaque para a torre do Incenso Budista, que se destaca na paisagem do complexo, o Jardim Dehe, a Torre Wenchang e a Rua Suzhou.

Hutongs

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Quer observar o típico frenesim chinês? Provar comida genuinamente chinesa e sentir a atmosfera real das vielas de Pequim? Então tem de visitar os “Hutongs”. Estes são os bairros tradicionais, autênticos labirintos, onde vale a pena nos perdermos. Uma experiência única, tanto mais gratificante se a puder viver com alguém local.

Estes bairros residenciais, formados por ruas estreitas ladeadas de casas térreas, encruzilhadas indistintas e muros outrora erguidos como medida de proteção, ganham uma vida única ao entardecer. As motorizadas e as bicicletas parecem enxames atordoados nas ruelas, e os bares e os restaurantes, muitas vezes escondidos nos pátios interiores das casas, enchem-se de gente.

Em Xangai

Praça do Povo

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A People’s Square faz parte de um parque ajardinado no centro da cidade, conhecido por People’s Park. É aqui que está instalado o edifício-sede do governo municipal de Xangai e é um importante referencial da cidade.

Antigamente, funcionava aqui um proeminente hipódromo, onde era possível fazer apostas nas corridas de cavalos. Em 1949, com a fundação da República Popular da China, o jogo foi banido do país e esta área foi convertida num espaço público de lazer.

Curiosidade: numa zona desta grande praça realiza-se aos fins de semana o “mercado de casamentos”. Aqui, os pais de adultos solteiros colocam anúncios e consultam ofertas que informam da idade, altura, peso, signo, profissão e outros dados dos candidatos a noivos e noivas. Os mais expansivos conversam, os mais tímidos anotam os números de telefone.

Nanjing Street

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Numa cidade que é uma ode ao consumismo, a Nanjing Street é a mais movimentada e recheada de lojas. Um autêntico paraíso de cinco quilómetros para quem quer ir às compras. São mais de 600 espaços onde apetece entrar, desde o comércio tradicional, aos modernos centros comerciais, passando por cafés, restaurantes e hotéis de luxo.

Algumas lojas datam da Dinastia Quing. Por exemplo, a Shanghai Laojiefu Department, de sedas e outros tecidos, está de portas abertas desde 1860. A loja Heng Da Li Clocks & Watches, que também merece ser visitada, está em Nanjing Street desde 1864. Mas há muitas outras lojas históricas, como por exemplo a Duo Yun Xuan, de pintura e caligrafia chinesa, fundada em 1900.

Yu Garden

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Também conhecido como Yu Yuan Garden, é um jardim histórico situado na zona nordeste de Xangai. Data da dinastia Ming, tendo sido concluído em 1577. Para além das áreas verdes e floridas, é constituído por lagos, pavilhões, arcadas, esculturas e arranjos em pedra.

De entre as muitas atrações deste espaço, não perca a árvore de gingko biloba que se julga ter 400 anos, no Pavilhão Tem Thousand Flowers; o Hall of Jade Magnificence, onde poderá apreciar o Exquisite Jade Rock, uma estranha escultura em pedra com cerca de mil anos, e ainda o Inner Garden.

The Bund

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O Bund é a famosa zona ribeirinha de Xangai, na margem oeste do rio Huangpu. Atualmente, dispõe de uma ampla faixa pedestre e é um ponto de encontro muito popular entre os locais e uma atração obrigatória para os turistas, pois oferece uma vista privilegiada sobre Pudong, a área moderna da cidade, com os seus arranha-céus e torres futuristas.

No Bund, há uma série de edifícios históricos, de vários estilos arquitetónicos, que vale a pena espreitar: o Peace Hotel, a Alfândega, a sede do banco HSBC, o antigo consulado britânico, o Astor House Hotel e a Union Church, entre outros.

Em Xian

Exército de Terracota

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Os guerreiros de Xian são, sem sombra de dúvida, a principal atração desta cidade, mil quilómetros a sul de Pequim. Trata-se de um conjunto escultórico de proporções épicas, construído para ‘proteger’ o túmulo de Qin Shihuang, o primeiro imperador chinês.

Curiosamente, este tesouro criado dois séculos antes de Cristo, foi descoberto apenas em 1974, quando se procedia a escavações para um poço. Os arqueólogos têm avançado com cuidado na sua descoberta, de forma a não danificar o espólio. Crê-se que sejam mais de oito mil esculturas de soldados em tamanho real, armados e em posição de combate, e ainda centenas de cavalos e carruagens.

Pagode Grande Ganso Selvagem

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É uma construção tradicional chinesa, com um nome igualmente típico, descritivo e poético como é comum na cultura chinesa. Edificado no século VII durante a dinastia Tang, mede 64 metros, oferecendo bonitas vistas a partir do seu topo. A palavra ‘pagode’ – em inglês pagoda – designa uma torre com vários níveis, ou beiradas, característica de países orientais como a Índia, a China ou o Japão.

Estas torres eram quase sempre construídas como símbolo religioso budista e o Pagode Grande Ganso Selvagem não é exceção. Normalmente, os pagodes têm 7 ou 13 níveis, por se acreditar que os números ímpares dão sorte.

Muralha de Xian

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Esta fortificação é uma das mais antigas e melhores conservadas muralhas chinesas. Construída no século XIV, foi contudo edificada sobre um muro já existente, datado da dinastia Tang, que vigorou de 607 a 907. Os quatro portões da muralha eram a única forma de entrar ou sair da cidade.

Alugar uma bicicleta e percorrer a muralha a pedalar é uma das melhores formas de conhecer este monumento que conta com 12 metros de altura, 14 quilómetros de comprimento e várias torres de sentinela. À noite, iluminada, as muralhas ganham um encanto especial.

Bairro Muçulmano

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Por último, nesta lista do que não deve perder no circuito Triângulo da China, e ainda em Xian, há que rumar ao bairro muçulmano. Sim, porque até agora quase não falamos de comida, mas um dos atrativos desta viagem pode e deve ser a descoberta de novos e inusitados sabores.

Esta é uma zona onde confluíram várias culturas, devido ao facto de ser um ponto nevrálgico da Rota da Seda. O resultado vê-se, cheira-se e prova-se nas centenas de bancas de comida. Para alguns pratos é preciso espírito aventureiro, mas estamos certos de que irá adorar a experiência.

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