O ciúme patológico, ou extremo, pode ser problemático é é fundamental identificá-lo. Pessoas excessivamente ciumentas vivem num ciclo vicioso de suspeita e causam problemas reais no relacionamento amoroso.
Todos somos ocasionalmente ciumentos. Afinal, o ciúme é uma emoção complexa, mas absolutamente normal. No entanto, por vezes, não somos capazes de ignorar os medos e confiar que a pessoa amada nos é fiel – ainda que as nossas suspeitas sejam injustificadas. Então, como saber se estamos a viver um estado de ciúme patológico?
Ciúme patológico é quando existe um medo persistente e irracional de que o parceiro romântico está a ser infiel, a tal ponto que a rotina diária é afetada.
São pensamentos e emoções irracionais, juntamente com um comportamento inaceitável ou extremo, em que o tema dominante é uma preocupação com a infidelidade do parceiro, com base em evidências infundadas.
Se luta contra o ciúme patológico, fique a saber que as suas crenças acerca do seu relacionamento, e acerca dos relacionamentos em geral, podem ser desafiadas e alteradas, recorrendo a ajuda especializada. A problemática do ciúme patológico está inclusive muito presente na terapia de casal.
A psicoterapia pode ser útil para aprender a identificar os padrões de pensamento disfuncionais que desencadeiam os ciúmes, bem como para desenvolver estratégias de forma a evitar que esses pensamentos assumam o controlo da vida emocional.
9 sintomas do ciúme patológico
Pessoas demasiado ciumentas costumam manifestar:
- ciúmes excessivos;
- obsessão com tudo o que se passa à volta do seu parceiro;
- hipervigilância – observar e monitorizar a pessoa amada;
- interpretações da realidade, que não coincidem com a própria realidade;
- comportamentos desadequados e desinibidos provocados pelos ciúmes;
- não suporta que outras pessoas rodeiem o seu parceiro;
- examinar com frequência os objetos pessoais do parceiro;
- ansiedade, raiva e medo;
- baixa autoestima e baixa autoconfiança.
7 dicas para aprender a lidar com os seus ciúmes
1) Admita o problema: não negue nem negligencie a situação.
2) Identifique as situações com maior probabilidade de desencadear ciúmes: é quando está fora em ocasiões sociais ou quando um dos dois está ausente devido a trabalho? Sente-se mais propenso a ter pensamentos ciumentos quando está a ter um dia menos bom? Faça uma lista das situações que desencadeiam ciúmes, hipervigilância ou suspeita.
3) Reflita sobre os pensamentos que o levam a sentir-se mais ciumento: quais os seus pensamentos quase inconscientes e instantâneos nas situações de ciúme; pode ter pensamentos do tipo “não sou digno de amor”.
4) Analise que sentimentos estão associados a esses pensamentos: se não se sente digno de amor, é natural que associados surjam sentimentos de depressão; aprender a reconhecer os seus sentimentos e pensamentos é essencial para que posteriormente os possa mudar.
5) Desafie os seus pensamentos: ao desafiar as suas crenças vai perceber quão erradas são; lembre-se sempre de outras vezes em que pensou algo parecido e nada do que temia aconteceu.
6) Ponha um ponto final nos comportamentos ciumentos: veja o que acontece se não expressar as suas preocupações ciumentas para com o seu parceiro; saia com o seu companheiro para se divertirem e para que ambos sintam que participam na vida social um do outro.
7) Avalie a possibilidade de fazer terapia de casal.