Share the post "Cleptomania: como controlar o impulso patológico de roubar"
A cleptomania, também denominada furto compulsivo, é uma perturbação mental que, se não for tratada, pode tornar-se crónica. Os furtos compulsivos que caracterizam este transtorno causam angústia e podem trazer consequências legais significativas.
Cleptomania: o que é?
A cleptomania é uma perturbação mental que consiste na incapacidade recorrente em resistir a impulsos para furtar objetos que não são necessários para o uso pessoal ou pelo seu valor material. Portanto, estão excluídas deste diagnóstico pessoas que furtam com a finalidade de vender os bens em troca de dinheiro ou por necessidade.
Pessoas com cleptomania sentem uma sensação crescente de tensão imediatamente antes de cometer o furto. No momento em que é cometido o furto sentem prazer, gratificação ou alívio. Contudo, após o roubo podem sentir culpa, remorsos e depressão.
O furto não é cometido como expressão de cólera ou vingança, nem é consequência de ideias delirantes ou alucinações. As pessoas com cleptomania têm consciência de que os seus atos são errados, mas resistir aos impulsos é muito difícil. Estes furtos não são premeditados e são levados a cabo apenas pela própria pessoa, sem ajuda de terceiros.
Como é natural, para além das consequências emocionais da cleptomania, muitos pacientes enfrentaram também dificuldades legais.
Acredita-se que a cleptomania está subdiagnosticada e que não há a noção real do número de casos existentes porque as pessoas com esta patologia evitam procurar ajuda médica com medo de serem julgadas pelos seus atos, temendo as consequências legais que possam daí advir.
Esta perturbação pode comprometer a vida de quem dela sofre, quer ao nível da família, dos amigos, da vida profissional e, claro, judicialmente. Ser apanhado a furtar causa vergonha, tristeza e incompreensão da parte das outras pessoas.
As causas desta doença psiquiátrica estão ainda por apurar, mas algumas investigações apontam para o facto de poder estar relacionada com alterações ao nível dos neurotransmissores do sistema nervoso central.
Tratamento da cleptomania
Muitos indivíduos com cleptomania não procuram tratamento a não ser que sejam obrigados após terem sido apanhados a furtar alguma coisa. Este facto contribui para o desconhecimento sobre o número de pessoas que sofrem desta perturbação, mas também para um menor número de estudos acerca do tratamento mais eficaz.
Pelo que é conhecido acerca desta patologia, a farmacoterapia e a psicoterapia parecem ser as formas de tratamento mais promissoras, sobretudo quando combinadas.
Relativamente à psicoterapia, a modalidade cognitivo comportamental parece ser aquela que apresenta melhores resultados no tratamento desta patologia mental.
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