De acordo com informações de empresas de recuperação de crédito como BBCS, Guard Unipessoal, Value 24, entre outras, o sector está em crescimento, uma vez que as pessoas têm cada vez mais dívidas, apesar da sua cobrança ser cada vez mais difícil. Até mesmo os bancos procuram estas empresas pois já deixaram de prestar este serviço e preferem delegá-lo a empresas exteriores.
Muitos são os devedores que utilizam a crise como desculpa para não pagar os seus créditos. Além disso, a maioria dos devedores não quer pagar e vive uma vida acima das suas possibilidades, pois vive às custas de dívidas contraídas ao longo de uma vida.
Perante famílias sobreendividadas, o cobrador pode não exigir o pagamento da dívida, nem sugerir um acordo para pagamento em prestações, pois constata que não existe qualquer condição para a pessoa pagar.
Apesar do cenário negro, muitas pessoas querem pagar o que devem e percebem que com essas empresas conseguem fazê-lo através de um plano de pagamentos.
Existem famílias com dívidas superiores aos rendimentos, pois vêm-se a braços com cinco créditos: o crédito habitação, o crédito automóvel, o cartão de crédito e muitos outros créditos pessoais. O conselho da DECO é que as prestações mensais nunca ultrapassem os 40% do rendimento e tentar ter sempre um valor de reserva, uma poupança.
Os devedores queixam-se das pressões psicológicas, dos telefonemas, das visitas a familiares e por isso, a DECO defende a criação de legislação para o sector, de forma a perceber até onde é que estas empresas podem ir. No entanto, também salienta que convém não esquecer que os devedores estão em situação de incumprimento e estes profissionais apenas estão a fazer o seu trabalho.