Visitar Ponta Delgada, contemplar as lagoas e comer o cozido das furnas são algumas das experiências turísticas açorianas mais conhecidas. Mas há muitas outras coisas diferentes para fazer nos Açores, um arquipélago abençoado pela Mãe Natureza.
E se a ilha de São Miguel é sem dúvida a mais visitada, com dezenas de pontos de interesse e atividades para todos os gostos, também as outras ilhas estão cheias de atrativos. De seguida, damos-lhe oito ideias de atividades a não perder neste paraíso.
9 coisas diferentes e inesquecíveis para fazer nos Açores
Subir aos Vulcão dos Capelinhos
Na Ilha do Faial, uma parte do território contrasta de forma radical com o imaginário verdejante que temos dos Açores. Falamos do Vulcão dos Capelinhos e do seu aspeto agreste e “lunar”, resultante da grande erupção ocorrida em 1957.
Este cenário único pode ser explorado através de um trilho que aconselhamos a percorrer com um guia oficial, para que este lhe explique tudo sobre esta formação vulcânica. Ainda que deseje percorrer o trilho de forma independente, deverá registar a sua subida no Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos.
Descer ao Algar do Carvão
Algar é uma palavra de origem árabe que significa “caverna”, “gruta” ou “abismo natural”, originado “de cima para baixo” por águas ou por ação da lava e do magma numa erupção vulcânica. Na Ilha Terceira, esconde-se um algar de rara beleza, um tesouro admirável ao qual se pode aceder através de um túnel.
Trata-se do Algar do Carvão e a primeira descida a esta gruta, ainda sem as condições atuais de visita, foi feita em 1893. A sua cratera mede 20 metros x 15 metros e a 90 metros de profundidade encontra-se uma lagoa de águas cristalinas.
Ir ao Miradouro da Grota do Inferno
Não é gralha, o miradouro chama-se mesmo assim (e não Gruta) e dizem que é o ponto de observação de paisagem mais deslumbrante do arquipélago. Fica em São Miguel e a partir daqui pode avistar-se não uma, mas quatro das lagoas da ilha.
Este lugar incrível, situado a 730 metros de altitude e com acesso a partir do Parque Natural da Mata do Canário passa muitas vezes despercebido aos visitantes. Uma vez aqui, contemple as lagoas Rasa, das Sete Cidades, Santiago e Canário. Respire fundo e usufrua da imensidão de verde, com o mar ao fundo.
Beber um gin no Peter’s
Este é o café mais conhecido dos Açores. Fica no Faial, junto à colorida e nostálgica marina da Horta, ponto de chegada e partida de muitos aventureiros. Ir ao Faial e não ir ao Peter’s Café Sport é como ir a Roma e não ver a Capela Sistina.
O interior pitoresco do café convida a sentar, a beber um gin e a ouvir histórias ligadas à origem do lugar, ao mar e à caça da baleia. No primeiro andar, um museu conta-lhe mais sobre estes temas e dá-lhe a conhecer magníficos trabalhos de scrimshaw: a arte de desenhar e esculpir nos ossos e dentes de baleia.
Observar golfinhos e baleias
E por falar nos cetáceos, animais que marcaram a personalidade do arquipélago, em especial as ilhas do Faial e do Pico, convidamo-lo agora a sair para o mar para avistá-los. Uma atividade emocionante para toda a família.
Uma das maiores reservas de baleias a nível mundial, as águas dos Açores formam um ecossistema privilegiado para mais de vinte espécies, às quais se juntam os ternurentos golfinhos. Os passeios ao mar alto, que costumam ter a duração de três horas, estão disponíveis em todas as ilhas.
Fazer praia em Porto Pim
Fazer praia não é a atividade que mais associamos aos Açores, mas na verdade o arquipélago tem boas praias e em algumas até é possível surfar. Se for ao Faial, por exemplo, dedique um dia à bonita praia de Porto Pim.
Está no centro da cidade, junto ao Monte da Guia, e apresenta características únicas face às praias do continente, desde logo pela sua origem vulcânica, que lhe confere um visual único. E se o areal é de pequena dimensão, pode desforrar-se no mar imenso, cuja temperatura média ronda os 22ºC.
Fazer uma caminhada na Ilha das Flores
Na sua viagem aos Açores, não se fique pelas ilhas mais visitadas. Dê uma oportunidade às ilhas mais pequenas, mas igualmente deslumbrantes, como a Ilha das Flores, situada na ponta mais ocidental de Portugal e da Europa.
Para além do recomendável passeio de barco em redor da ilha, para admirar a imponência e a beleza da sua orla costeira, sugerimos que caminhe pelos trilhos da ilha. Aves raras, caprinos selvagens, quedas de água, lagoas: não faltam maravilhas naturais nesta ilha de apenas 16 km de comprimento e 12 km de largura.
Subir ao Piquinho
Por fim, trazemos-lhe uma atividade tentadora, mas que não é para todos: a subida ao topo da maior montanha portuguesa, que só pode ser feita a pé, é bastante exigente e demora cerca de três horas. A descida é ainda mais penosa. Mas diz quem já viveu a experiência que a visão a partir do cume vale todo o sacrifício.
Aconselhamos a que vá com guia, que pode aferir com experiência as condições climatéricas. De qualquer das formas, terá sempre de partir da Casa da Montanha, a 1200 metros de altitude, onde lhe será fornecido um dispositivo de GPS.
Para uma experiência ainda mais singular, leve a tenda, água e alguns alimentos, pernoite perto do cume e, para além do incrível pôr-do-sol, assista à alvorada. Inesquecível.
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