A colangite é uma doença rara e infelizmente sem cura. Mais especificamente designada por Colangite Biliar Primária (CBP), esta doença afeta cerca de 500 pessoas em cada milhão e consiste, essencialmente, numa inflamação dos pequenos canais biliares do fígado.
Estima-se que a colangite incida sobretudo em pessoas com idades entre os 50 e 60 anos, e tem maior incidência sobre o sexo feminino.
Dados essenciais sobre a colangite
Causas
Apesar de não serem ainda totalmente conhecidas as causas para o seu aparecimento, acredita-se que a colangite esteja relacionada com problemas e anomalias do sistema imunológico do organismo.
Por se tratar de uma doença do fígado, ela está muitas vezes, e de forma errada, associada ao consumo de álcool, levando a que os doentes sejam rotulados injustamente por algo que nada tem a ver.
Não existem para já fatores de risco conhecidos para que a doença surja. O que se sabe é que existe um risco do aumento do aparecimento da doença quando a pessoa sofre de alguma doença autoimune.
Sintomas
A colangite é uma doença bastante silenciosa, sobretudo nos seus primeiros anos.
No entanto, existem alguns sintomas aos quais se deve estar atento:
- Fadiga constante;
- Comichão persistente;
- Fraqueza, náuseas e falta de apetite;
- Dor na parte superior do abdómen;
- Febre;
- Icterícia, numa fase mais avançada da doença.
Em grande parte dos casos a colangite, associada aos cálculos renais, desenvolve-se quando já existiu uma ou mais crises de dor abdominal causada pelas chamadas “pedras na vesícula”, que consistem, essencialmente, na tentativa de passagem de pedras da vesícula para o intestino.
Diagnóstico
A dificuldade nesta doença é o facto de poder levar muito tempo até que se faça o diagnóstico efetivo, pois algumas pessoas conseguem estar até dez anos sem qualquer tipo de sintoma.
É possível fazer o diagnóstico da colangite através de uma análise à função hepática.
Tratamento
Se não for devidamente tratada, a colagite pode evoluir para uma cirrose ou até mesmo cancro do fígado, pelo que um tratamento adequado para o controlo da doença é absolutamente fundamental.
Existem no mercado medicamentos que, apesar de não curarem a colangite, conseguem controlá-la e evitar o aparecimento de cirrose.
Em casos mais graves pode ser necessário recorrer a um transplante hepático. Apesar de ser uma boa opção de tratamento, é necessário ter em conta os seus riscos, além de que exige a toma de medicação para toda a vida de forma a evitar a rejeição do órgão.Veja também: