Mais do que o valor comercial das suas coleções, o que move os colecionadores é a paixão pelos seus tesouros. A par do facto de serem pessoas metódicas, organizadas, curiosas e determinadas em reunir o máximo de conhecimento possível acerca dos seus tesouros, desenvolvem uma capacidade de observação e um sentido apurado de detalhe – o que lhes vale a denominação de especialistas no domínio das peças que colecionam. Diríamos que os colecionadores estão, também, ao serviço da Cultura.
No caso dos colecionadores de selos parece que todas estas características são potenciadas, tal é a delicadeza e a complexidade das peças que colecionam. Quer seja um filatelista de coleções tradicionais ou modernas, preparamos um conjunto de informação útil que gostará de acompanhar.
Informação para os colecionadores de selos
1. Revistas da especialidade
A filatelia é uma atividade que envolve milhões de colecionadores em todo o mundo, para além de movimentar muito dinheiro. Como exige uma constante atualização e estudo dos selos, são várias as revistas da especialidade existentes no mercado que auxiliam os colecionadores de selos, nomeadamente:
- O Mensageiro do Algarve (Portugal);
- A Filatelia Portuguesa (publicada entre os anos de 2000 e 2005. Há exemplares disponíveis online);
- Revista da Federação Brasileira de Filatelia – FEBRAF (Brasil);
- Revista COFI (Brasil);
- Revista da Federação Europeia de Associações Filatélicas – FEPA News (Europa);
- Crónica Filatélica (Espanha);
- La Philatélie Française (França);
- The American philatelist (EUA);
- Linn’s Stamp News (EUA);
- Timbres Magazine (França);
- The London Philatelist (Reino Unido);
- Stamp Lover (Reino Unido).
2. Alguns dos selos mais valiosos do mundo
Não podemos separar a origem da filatelia do surgimento do primeiro selo do mundo, o Penny Black, que começou a circular na Grã-Bretanha em 1840. Desde então, há selos cujas peculiaridades fazem deles os mais valiosos do mundo.
- Three-Skilling Yellow
Este selo foi vendido num leilão em Genebra por 1 milhão e 300 mil euros. Foi emitido em 1855, na Suécia. Devido a uma troca acidental das placas de impressão, o Three-Skilling Yellow, que originalmente tinha a cor verde, foi impresso com a cor amarela – característica do Eight-Skilling.
- Blue Pence
Este é considerado um dos selos mais raros de toda a história postal. Foi emitido em 1847, nas ilhas Maurícias, com a gravação (considerada uma gafe) “Post Office” [Correios], em vez de “Post Paid” [Selo Pago]. Está avaliado em 876 mil euros.
- Orange Penny
Da mesma família do Blue Penny, emitida na mesma data e local, é muito popular porque se refere à série laranja de 1 penny.
- Black on Magenta
Este selo postal de 1 cêntimo foi emitido em 1856, na antiga Guiana Britânica, hoje conhecida como República da Guiana. Um exemplar deste selo foi vendido em 1980 por 675 mil euros, mas os colecionadores de selos dizem que atualmente este selo terá um valor inimaginável.
- Franklin Z-Grill
Este selo foi emitido nos EUA, em 1868. Só existem 2 exemplares deste selo no mundo todo e cada um deles está avaliado em 675 mil euros.
3. A quem comprar ou vender?
Se é um colecionador de selos, conhece com certeza o tipo de filatelia da sua coleção. Esta é, à partida, uma das condições para conseguir vender a sua coleção pelo real valor que possui. Claro que o estado de conservação da coleção ou mesmo a forma como está organizada e arquivada são alguns dos outros critérios a ter em consideração.
Há, no mercado nacional, várias oportunidades para vender selos, inclusive plataformas de bens em segunda mão e leiloeiras.
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