Share the post "Renegociação de créditos aliviou milhares de portugueses em 2023"
A escalada das taxas de juro levou a que as prestações de empréstimos indexados à Euribor tenham registado um aumento significativo. O impacto que esta situação causa na economia familiar é significativo, pelo que se impõe a procura de soluções que possam mitigar os efeitos destas subidas.
A renegociação dos créditos tem sido um dos principais instrumentos a que os portugueses têm recorrido para fazer face ao aumento das mensalidades dos empréstimos, em especial no campo da habitação.
Só em 2023, a renegociação de créditos aumentou cinco vezes (no crédito à habitação saltou de 1,6 mil milhões em 2022 para 8,8 mil milhões no ano transato), o que espelha bem a necessidade que as famílias tiveram de um planeamento financeiro que lhes permitisse fazer face a um clima económico mais adverso.
Por isso, fazer baixar os gastos mensais tem sido a palavra de ordem, intensificando-se a procura de instrumentos que ajudem a suavizar os gastos. Daí que o crédito consolidado se tenha vindo a assumir, cada vez mais, como uma das opções a considerar para reduzir as despesas com créditos e chegar ao final do mês com mais dinheiro na carteira.
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Renegociar e consolidar créditos? Uma boa opção
Um crédito consolidado é aquele que junta todas as suas dívidas numa só. Por exemplo, se tiver contratado um crédito habitação, um crédito automóvel e um crédito pessoal, todos com condições individuais , um crédito consolidado junta esses todos num único empréstimo, com condições únicas.
Desta forma, pode não só obter uma prestação mais em conta, mas também conseguir um alargamento do prazo de pagamento, evitando assim o risco de entrar numa situação de incumprimento.
Pode fazer um crédito consolidado no banco onde já é cliente ou noutra instituição financeira. Na prática, o que acontece é que essa instituição vai saldar as suas dívidas junto das restantes e conceder-lhe um crédito de valor igual ao das dívidas que tinha antes.
As vantagens de consolidar os créditos
A primeira consequência de optar por um crédito consolidado é, evidentemente, o facto de passar a pagar apenas uma prestação a uma única entidade. Desta forma, vai tornar mais fácil a gestão orçamental, ao mesmo tempo que lhe permite ter uma noção mais exata das suas responsabilidades financeiras.
Além desta organização, o crédito consolidado permite-lhe ter mais folga financeira, uma vez que a prestação que fica a pagar é normalmente mais baixa do que a soma de todas as prestações que pagava antes.
Como é que o crédito consolidado pode ser mais barato que os outros?
Esta é uma questão muito pertinente. Como é possível que o todo seja menor do que a soma das partes? A resposta está na forma como os bancos e entidades de crédito fazem as contas.
De uma forma geral, quem empresta dinheiro oferece melhores condições quanto maior for a quantia em causa. Certamente nota que a Taxa Anual Efetiva Global (TAEG) do seu crédito ao consumo é mais alta do que a do crédito habitação.
Ora, é esta lógica que faz com que pedir um crédito consolidado lhe proporcione melhores condições do que contrair vários pequenos créditos a diferentes instituições.
Por outro lado, as prestações de créditos com prazos curtos tendem a ser mais altas do que as de créditos com prazos longos. Ao pedir um crédito consolidado está a abrir espaço a uma nova negociação de prazos, que pode usar para estender o compromisso e, com isso, baixar as prestações mensais.
O grau de poupança conseguido por um crédito consolidado depende de algumas variáveis, como as condições que negociou inicialmente nos créditos que tem. Em situações limite, a prestação única pode ser menos de metade do valor das prestações originais.
O caso do Paulo e da Marisa
Vamos a um exemplo. Imagine que o Paulo e a Marisa têm a seu cargo três créditos:
- automóvel (10.850€, prestação de 330€);
- cartão de crédito (2.400€, prestação de 112€);
- crédito pessoal (10.700€, prestação de 529€).
No total, o Paulo e a Marisa devem 23.950€ e pagam 970€ em todos os meses para manter as contas em dia.
Se avançarem para um crédito consolidado, não só podem pedir o valor total das dívidas, como podem aumentá-lo para ter alguma liquidez imediata.
Vamos supor que o casal pede um montante adicional de 1.050€, assumindo uma dívida total de 25.000€, a ser paga ao longo de 84 meses com uma TAEG de 12,80%.
A prestação do crédito será, neste caso, de 470€, menos de metade dos 970€ iniciais.
Antes
330€
112€
529€
Total mensal – 970€
Crédito Consolidado
1 só prestação
Total mensal – 470€
Contas feitas, o Paulo e a Marisa conseguem uma poupança mensal de 500€ e ainda recebem 1.050€ para responder a problemas mais urgentes. Num ano vão poupar o total de 6 mil euros.
Faça as contas
Note que o crédito consolidado não traz a mesma poupança para toda a gente. Para ter uma ideia aproximada do impacto que esta operação teria no seu orçamento, o melhor é usar um simulador de crédito consolidado.
Basta selecionar os valores que quer pedir e acertar alguns detalhes pessoais para receber uma proposta de mensalidade que pode depois comparar com os seus compromissos correntes.