Contratualizar um crédito não pode nunca ser encarado com leviandade, mas se o utilizarmos convenientemente o crédito pode ser uma excelente ferramenta de financiamento. O segredo é mesmo esse, usar o crédito para os efeitos corretos/necessários. A isso se chama um bom crédito.
Crédito bom / crédito mau
Assim, o que torna um crédito bom ou mau é a utilização que fazemos do mesmo. Um bom crédito é todo o empréstimo que é adquirido para permitir reduzir uma série de encargos ou cumprir uma necessidade básica (eventualmente inacessível de outra forma), em que a sua prestação esteja enquadrada no âmbito das reais capacidades do orçamento familiar de quem o adquire. Alguns exemplos, são os créditos à habitação, automóvel, etc.
Um crédito mau é todo o empréstimo que visa satisfazer necessidades menos básicas ou supérfluas e/ou que as sua prestação esteja desajustada ao orçamento familiar disponível, superando-o.
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4 Dicas de como fazer um bom crédito
1. Adquirir só o que se pode pagar
É, como referirmos, a génese do bom crédito. Não adquirir um crédito fora do orçamento familiar seja para que efeito for. O mesmo se aplica à utilização do cartão de crédito. Antes de comprar algo, certifique-se de que terá como o pagar e dentro dos prazos estabelecidos. Calcule a sua taxa de esforço.
2. Pesquisar em vários bancos
Não deixe que a sua pesquisa se reduza ao seu (s) banco (s) habitual ou aquele que mais publicidade faz. Esta é uma prática muito comum, particularmente entre os portugueses, mas não significa que seja desta forma que vai encontrar o melhor crédito. Pesquise em várias entidades e faça várias simulações. Quantas mais melhor.
3. Não se limite a analisar o spread
É outro dos hábitos, especialmente para quem vai adquirir um crédito à habitação, que muitos têm e que os leva a cometer erros: olhar só para o spread. De facto avaliar o spread é uma boa forma de catalogar o interesse da oferta (empréstimo), mas não é a única). Para fazer um bom crédito deve também ter em atenção outras taxas, nomeadamente a TAN, TAE, TAEG e TAER (fundamental no referido crédito à habitação).
4. Trate do crédito atempadamente
Todo este processo e análise implica tempo. Querer fazer tudo “em cima do joelho“ é inimigo do bom crédito. Basta que algum banco tarde na resposta ou seja solicitada mais documentação, para ser obrigado ou impelido a adquirir um crédito que no final vai-se revelar inadequado para o que necessita ou, pior ainda, com surpresas (planos acoplados, por exemplo) que depois não vai poder pagar.
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