João Barbosa
João Barbosa
30 Out, 2014 - 09:25

Como investir em futuros?

João Barbosa

O investimento em futuros tem sido cada vez mais procurado pelos portugueses. Saiba o que é um futuro, qual a lógica de investimento e quais os riscos associados a contratos de futuros.

Como investir em futuros?

Recentemente têm surgido cada vez mais instituições financeiras a promover o investimento em instrumentos financeiros pouco convencionais para os investidores portugueses. Falamos do investimento em produtos estruturados, muito populares nos últimos anos. Investimento em CFD, Warrants, mercado cambial, entre outros.

Neste artigo vamos focar-nos num produto que tem vindo a ganhar alguma popularidade que são os futuros.

O que é um Futuro?

Um futuro é um contrato financeiro que é celebrado entre uma instituição financeira e um investidor. Na prática, o contrato estipula que o comprador irá comprar ao vendedor um determinado produto numa data específica no futuro. Se este produto faz sentido no setor das matérias-primas ou em determinados contratos de financiamento, pode aparentar fazer pouco sentido em mercados como o acionista.

TOME NOTA:

O investimento em futuros pode gerar boas experiências mas é importante conhecer as variáveis que o afetam. O Banco BEST ajuda-o a analisar o mercado, decidir o investimento e melhor estratégia com apoio especializado. Para novos clientes tem ainda um voucher de 300€.

Como investir em ações através de futuros?

O recurso aos futuros para investir em ações costuma ser uma forma de alavancar um investimento. Ou seja, acaba por ser um contrato de financiamento em que um investidor recorre ao dinheiro do banco para comprar ações de determinada empresa, setor ou mercado financeiro.

Quando falamos em investir em futuros temos de falar de alguns conceitos:

  • Ativos subjacente — Ação de uma determinada empresa, setor de atividade ou índice acionista;
  • Margem — Uma pequena fração do valor total do contrato. Por norma, é exigido ao investidor que deposite na instituição financeira em média 10% do valor do contrato. Se o preço aumentar poderá libertar parte deste dinheiro mas se o preço do ativo cair o investidor é chamado a depositar mais dinheiro para dar como garantia;
  • Maturidade — Estes contratos têm um prazo de termo. Por norma, os contratos mais transacionados são a três meses, mas podemos ter contratos de seis meses ou mais.

Qual a lógica destes contratos?

Os contratos de futuros permitem aos investidores especular com dinheiro que não dispõem. Na realidade, os investidores apenas necessitam de ter 10% do valor do investimento, sendo que o restante será dinheiro emprestado, sobre o qual irão pagar uma determinada taxa de juro. Na prática, o que faz é aumentar a sua exposição a um determinado acontecimento ou ativo.

Quais os principais riscos?

Se é possível ao investidor aumentar em muito os seus ganhos o mesmo será válido quando falamos das perdas. Investir em futuros pode originar uma perda muito expressiva. Se estivermos a falar da margem de 10% referida anteriormente, pode aumentar por 10 a sua perda potencial.

Um segundo fator a ter em conta consiste no facto do investimento em futuros ser uma operação de curto prazo. Como referido, a maturidade dos contratos tende a ser perto de 3 meses. Logo, quem investe em futuros de ações não está a investir de acordo com o prazo recomendado de investimento (3 a 5 anos).

Como qualquer instrumento financeiro, o investimento em futuros pode ser um ótimo instrumento. Contudo, para ter sucesso deverá conhecer e dominar as diversas variáveis que afetam o seu valor…



Veja também: