Já me aconteceu chegar ao fim das férias e descobrir (tarde demais) que gastei mais do que pensava que tinha gasto. É uma péssima notícia, sobretudo porque chega numa altura muito má. É o regresso às aulas e ao trabalho e às vezes ainda se junta o seguro do carro ou da casa.
Este problema surge frequentemente porque é muito fácil ir gastando em compras de supermercado, restaurantes, diversões, lembranças, levantamentos no multibanco e não fazer contas. Como estamos de férias o sentimento geral é o de “Não tenho paciência para estar a fazer contas, já bastam as que faço todo o ano…”.
Vou partilhar convosco uma dica que me parece ser útil para manterem os vossos gastos nas férias sob controlo sem nenhum esforço (ou quase).
Dica para manter os gastos nas férias sob controlo
O primeiro passo é óbvio: só faz sentido pensarem sequer no assunto se conseguirem definir quanto dinheiro têm para gastar nestas férias. Pode ser 500€, 1000€, 1500€. Cada um sabe dos seus rendimentos e despesas. Mas tem de definir quanto quer ou pode gastar.
O “truque” que vos proponho é decidirem usar só um cartão multibanco de uma conta em que deixam lá só exatamente quanto planeiam gastar nas férias. E não tocam nos outros cartões multibanco e de crédito. Vão acompanhando o saldo no multibanco ou na app do telemóvel.
Quando quiserem pagar o jantar e a máquina disser que já não tem saldo lá, é porque já ultrapassou o seu orçamento. A outra opção é colocar nessa conta só 80% do valor que definiram e assim, quando derem pela “má notícia” ainda têm 20% de margem, sem terem de cortar logo a fundo ou estragarem o vosso orçamento de regresso à “vida normal”.
Também tem cartões “tipo Multibanco” no seu banco que são pré-pagos. Carrega com o seu orçamento para as férias e usa só esse cartão.
Nesses casos, não corre o risco de ser enganado pelas contas-ordenado em que ultrapassando o seu saldo continua a poder gastar abaixo de zero (pagando juros, claro). Quando chegar ao fim o dinheiro, já sabe que a partir daí está a gastar mais do que o previsto. É uma espécie de alerta amarelo e depois vermelho para manter os seus gastos de férias sob controlo.
Estes cartões pré-pagos não cobram juros. Funcionam nas lojas e restaurantes e pode fazer levantamentos. São usados para este tipo de propósitos específicos. Pode carregar, por exemplo com 500€ e vai usando, conforme expliquei no princípio.
Carrega o dinheiro, ao balcão do banco, no homebanking ou até no multibanco. E pode reforçar o saldo, se quiser.
Cartões pré-pagos: quanto custam?
Custam desde 12 euros (ou valor aproximado) até nada. Depende do banco onde adquirir o cartão pré-pago. Por exemplo, o cartão pré-pago da Caixa Geral de Depósitos custa 12,48 € por ano e o carregamento mínimo é de 15 euros.
No caso do Montepio, nem precisa ser cliente deles. Pode até ir a um balcão deles e “comprá-lo”. Custa 6 euros. A utilização máxima diária é de 150 euros.
Depois de carregar, é só usar. O cartão pode ser usado, em todo o mundo, para levantamentos, pagamentos de serviços e compras em lojas físicas ou online.
Depois tem os bancos “Zero”. No Activobank, por exemplo, se for cliente basta pedir um cartão pré-pago e eles mandam para casa completamente grátis. Carrega e usa. O limite diário é de 100 euros por dia e de 2.500 por ano.
Dei estes 3 bancos como exemplo, mas cada banco tem os seus cartões pré-pagos. Escolhi um pouco ao acaso. Pergunte se o seu banco tem e quanto custam.
Como viu, podem ser uma excelente ferramenta para os mais distraídos que vão gastando nas férias sem controlarem o que estão a gastar. Assim, com o dinheiro certo no “multibanco pré-pago” tem um polícia na carteira que não o deixa gastar mais do que planeou. Simples. Boas férias.
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