O flagelo do desemprego não pára de ameaçar os melhores trabalhadores e se bem se lembra, no primeiro trimestre deste ano, a taxa de desemprego era de 12,1%. Na mesma altura, quase 100 mil trabalhadores da área da construção estavam sem emprego, que corresponde a quase 14% do valor total de desempregados.
A construção alberga muitos colaboradores, pelo que a situação que o país atravessa, aliada á suspensão das obras públicas, coloca em risco 140 mil postos de trabalho, de acordo com a Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI). O presidente da Confederação, Reis Campos, já sugeriu a aposta na reabilitação urbana e a readaptação das verbas do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) de forma a dinamizar o sector e a travar o desemprego.
Nem mesmo as grandes construtoras saem ilesas da crise e por isso tem aumentado o número de empresas a fechar as portas. Esta é uma situação principalmente vivida no Algarve e empresas como a Mota-Engil ou a Soares da Costa assistiram aos lucros a descer e o volume de negócios a diminuir a nível do mercado nacional.
Também o investimento imobiliário está em queda e no primeiro semestre do ano caiu cerca de 30% em relaçaão ao mesmo período do ano passado. Esta quebra explica-se uma vez que os investidores nacionais têm dificuldade em obter liquidez; já quanto aos investidores estrangeiros, estes não investem devido a serem influenciados pela percepção do elevado peso do risco do país por parte das agências de rating.