Share the post "As 4 perguntas mais frequentes na consulta de nutrição (e as respostas)"
Lançámos o desafio à nutricionista Andreia Santos: quais as perguntas mais frequentes na consulta de nutrição e, claro, quais as respostas?
A especialista em nutrição partilhou connosco 4 das dúvidas que mais recorrentemente lhe colocam e esclareceu-nos quanto às respostas adequadas a essas questões. Estamos certos de que muitas dessas perguntas lhe irão ser familiares. Tire as suas dúvidas neste nosso consultório de nutrição!
Consulta de nutrição: as 4 perguntas mais comuns
1. Vou ter de abdicar do pão?
Para emagrecer não precisa de deixar de incluir o pão no seu dia alimentar. O pão é uma fonte privilegiada de hidratos de carbono, constituído principalmente por hidratos de carbono complexos (em especial o amido). Além disso, é rico em vitaminas do complexo B, minerais e fibras.
O pão contém também proteínas e apenas pequenas quantidades de gordura (a menos que sejam adicionadas gorduras durante o seu fabrico), sendo que a Organização Mundial de Saúde recomenda a sua inclusão na alimentação diária.
Importa sim, moderar o seu consumo e escolher o tipo de pão e os acompanhamentos mais indicados. Assim, no que respeita ao pão, o melhor é optar pelas variedades frescas do chamado pão “escuro”, com menor grau de peneiração e maiores conteúdos de vitaminas, minerais e fibras alimentares, existindo cada vez mais variedades que deve procurar alternar, desde centeio, cereais, mistura, integral, entre outros.
2. Posso beber água à refeição?
Se gosta de beber à refeição, a água é a melhor opção, não fazendo mal, nem engordando, pois a água possui zero calorias, independentemente do momento em que está a ser ingerida. No entanto, o ideal é beber moderadamente, ingerindo apenas o necessário para ajudar a deglutir melhor e para que a refeição lhe saiba bem.
Regra geral, um copo pequeno de água, chá, infusão ou tisana não vai interferir na velocidade da digestão, isto porque ingerir líquidos à refeição provoca uma diluição do suco gástrico, podendo forçá-lo a produzir mais ácido do que é realmente necessário, sendo que ingerir muitos líquidos durante a refeição não beneficia a digestão.
3. Posso incluir bolachas na dieta?
As bolachas acabam por ser, muitas vezes, um “mau” substituto para o pão, uma vez que são alimentos mais calóricos e menos interessantes a nível nutricional.
Fonte de hidratos de carbono, simples e complexos, representam uma fonte de energia. Mas são os variáveis teores de gordura, açúcar e fibra que podem fazer a diferença na hora de optar pela mais indicada.
Quanto mais gordura e açúcar contiverem na sua composição, mais viciantes as bolachas se tornam, sendo difícil comer apenas uma ou duas. Mesmo as bolachas com alegações chamativas e, supostamente, saudáveis, geralmente reduzem/retiram um componente mas majoram outro(s) para as tornarem mais apelativas ao gosto.
Assim, na hora de escolher as suas bolachas deve preferir as variedades que conciliam baixo valor calórico, menor quantidade de hidratos de carbono dos quais açúcares, menor quantidade de lípidos e maior teor de fibra.
Olhando para a lista de ingredientes, deve evitar as que apresentam o açúcar nas mais variadas formas nos três primeiros ingredientes, pois significa que existem em maiores quantidades que os restantes. Para além disso, também deve evitar as que apresentam gorduras hidrogenadas na sua composição.
Por outro lado, o ideal é consumir aquelas que apresentam nos primeiros lugares da lista de ingredientes farinhas integrais ou farelos, uma vez que são as que contêm maior teor de fibra.
Qualquer que seja a opção, importa moderar o seu consumo e escolher os momentos ideais para a sua ingestão. Se o objetivo é emagrecer, a sua inclusão deve ser bem ponderada.
4. Posso comer melão? Acho que é muito calórico…
O melão, ao contrário do que a maioria das pessoas pensa é uma fruta muito pouco calórica, possuindo, apenas, 30 calorias por 100g. Para além disso, destaca-se pela apreciável quantidade de água que fornece, uma vez que 91,8% da sua composição é água, tornando-se, assim, um excelente diurético e um importante auxílio na eliminação de toxinas.
Fonte da imagem: Unsplash/milki
À semelhança das restantes frutas, fornece vitaminas, minerais e fibras alimentares, destacando-se a riqueza em fitoquímicos, alicina, vitamina C e potássio, ajudando a diminuir os níveis de colesterol, a melhorar o sistema cardiovascular, a prevenir a diabetes tipo 2, a reforçar o sistema imunitário e a cicatrização e a melhorar a saúde muscular.
Tal como para qualquer outro alimento, a chave está na moderação, recomendando-se a ingestão de 3 a 5 porções de fruta por dia (cada porção são 160g, o equivalente a uma peça de fruta de tamanho médio).
Estamos certos de que se identificou com algumas destas perguntas mais comuns na consulta de nutrição, correto? Ainda bem, porque agora já fica esclarecido, com a ajuda das respostas da nutricionista Andreia Santos.
Assim, podemos deitar por terra uma série de mitos que, frequentemente, só prejudicam a nossa dieta e, acima de tudo, não a tornam tão eficaz. Para ficar a saber mais, marque uma consulta de nutrição.
Contactos profissionais da nutricionista Andreia Santos
Marcação de consultas: Presenciais – Porto e Lisboa; Não presenciais – Skype e Telefone
Telemóvel: (+351) 912884517
E-mail: [email protected]
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