O crédito malparado tem vindo a aumentar, uma vez que na impossibilidade de pagar dívidas as primeiras a serem colocadas de parte são as referentes ao crédito ao consumo.
Por este motivo é que os bancos estão a restringir bastante o acesso ao crédito ao consumo, havendo consequentemente uma taxa de recusa a novos pedidos superior a 50%, isto porque existe uma análise de risco e da capacidade financeira do cliente.
Tudo depende da situação comercial e financeira que se vive a cada momento, tanto em termos de consumo como de financiamento. Para ilustrar bem essa realidade, a ASFAC dá o exemplo da crise financeira internacional em 2008, em que os níveis de poupança subiram. Em tempos de contenção os consumidores procuram poupar mais, alterando os seus hábitos de consumo, de forma a criarem reservas para algum imprevisto.
De acordo com a Associação de Instituições de Crédito Especializado (ASFAC), esta quebra no crédito ao consumo não é de agora. Já há três anos que se faz sentir e tem apenas vindo a acentuar-se, devido à conjuntura económica e à diminuição do poder de compra dos portugueses.
É neste cenário que os comerciantes não têm grande opção e de forma a estimular o consumo que está a cair de forma galopante, anunciam descontos e promoções que vão até aos 70%.