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O Convento de Cristo em Tomar inaugurou uma nova sala de experiência imersiva, que promete surpreender os visitantes.
Dos Templários aos Descobrimentos, o Convento de Cristo integra a célebre Rota dos Templários do Médio Tejo. Em 1993 foi considerado Património Mundial da Humanidade da UNESCO e só no ano passado recebeu cerca de 300 mil visitantes.
A experiência imersiva faz a reconstituição do Cerco ao Castelo de Tomar e promete ser o início de uma inesquecível e inovadora rota nacional.
Os visitantes terão ao seu dispôr diversos recursos relacionados com a temática templária, experiências imersivas e distintas ferramentas de comunicação.
Convento de Cristo: entender um símbolo
Segundo a diretora do Convento de Cristo, Ana Galvão, em declarações à Lusa, a nova sala será um “espaço de narrativa sobre a presença templária, quer em Tomar, quer na região”.
Refere ainda que os visitantes terão a oportunidade de obter “uma série de informações sobre os locais onde se encontra o património e a própria história e, daí, partirem para o território”.
O projeto abarca vários municípios da região, sendo uma aposta no Convento de Cristo, enquanto símbolo turístico e cultural, bem como na valorização da Rota dos Templários.
A Rota dos Templários abrange 7 municípios e resultou de uma candidatura da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo para a Linha de Apoio e Valorização Turística do Interior, uma iniciativa Turismo de Portugal.
Estrutura remonta ao século XII
O Convento de Cristo é o nome pelo qual é geralmente conhecido o conjunto monumental constituído pelo Castelo Templário de Tomar, o convento da Ordem de Cristo da época do Renascimento, a cerca conventual, hoje conhecida por Mata dos Sete Montes, a Ermida da Imaculada Conceição e o aqueduto conventual, também conhecido por Aqueduto dos Pegões.
O castelo teve a sua fundação em 1160 e compreendia a vila murada, o terreiro e a casa militar situada entre a casa do Mestre, a Alcáçova, e o oratório dos cavaleiros, em rotunda, a Charola, esta concluída em 1190.
Em 1420, com o castelo então sede da Ordem de Cristo, o Infante D. Henrique, o Navegador, transforma a casa militar num convento, para o ramo de religiosos contemplativos que ele introduz na Ordem de Cristo, e adapta a Alcáçova para sua casa senhorial.
No início do século XVI, D. Manuel I, Rei e Governador da Ordem de Cristo amplia a rotunda templária para ocidente, com uma nova construção extramuros, a qual inicia um discurso decorativo que celebra as descobertas marítimas portuguesa, a mística da Ordem de Cristo e da Coroa numa grandiosa manifestação de poder e de fé.
A partir de 1531, com a reforma da Ordem de Cristo, por D. João III, vai ser construído o grandioso convento do renascimento, contra o flanco poente do castelo, e rodeando a Nave Manuelina.
O convento verá a sua conclusão com o aqueduto com cerca de 6 km de extensão, com Filipe II de Espanha, e com os edifícios da Enfermaria e da Botica, no tempo que sucedeu à guerra da Restauração.