O coronavírus tem estado nas “bocas do mundo”, deixando em alerta todos os continentes e países. Assim, tudo terá começado na China, na cidade de Wuhan, mas a globalização faz temer que, rapidamente, este surto se possa propagar por todo o globo.
O facto dos seus sintomas serem comuns aos de uma gripe vulgar pode dificultar o seu diagnóstico, mas há outros pressupostos a cumprir para poder ser um caso suspeito de coronavírus.
Por isso, fique a perceber o que está em causa e o que se sabe até ao momento sobre este novo coronavírus.
Coronavírus: tudo o que se sabe até agora
O que é
Os coronavírus são um conjunto de vírus que causam infeções respiratórias em seres humanos e em animais. Assim, a maior parte destes vírus provoca infeções respiratórias leves a moderadas.
Porém, alguns coronavírus podem causar doenças graves, com impacto na saúde pública, como o vírus que foi recentemente detetado na China.
Origem
Muito se tem falado sobre a origem deste vírus e a informação mais recente provém de um estudo da Universidade de Pequim e da Universidade de Bioengenharia de Wuhan, o qual aponta para que o surto do coronavírus possa ter tido origem nas cobras vendidas no mercado de mariscos de Wuhan, nomeadamente nas cobras chinesas. Refira-se ainda que esta conclusão surgiu fruto da análise do material genético dos animais vendidos no referido mercado.
Resta encontrar resposta para a questão: “Como é que o vírus passou do sangue frio das cobras para o sangue quente dos humanos?”, o que implica que o vírus resista a essa variação de temperatura, fazendo dele um vírus bastante adaptável.
Números
Os números não param de subir e até ao momento estão confirmados dezenas de milhar de casos, com a infeção a espalhar-se de forma muito rápida na Europa. A Itália é o país mais afectado, com vastas regiões do norte do pais em verdadeira quarentena.
O número de mortes também vai sendo atualizado quase diariamente, havendo já a lamentar a perda de perto de três mil vidas. A maioria, até ao momento, são pessoas de idade avançada e com um historial de doenças e complicações respiratórias.
Formas de contágio
A transmissão do coronavírus pode ocorrer pelo ar ou através do contacto com secreções contaminadas, como:
- gotículas de saliva;
- espirro;
- tosse;
- catarro;
- toque ou aperto de mão;
- toque em objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contacto com a boca, nariz ou olhos.
Este vírus tem um período de incubação de 2 semanas e, apesar do alarme, a sua transmissão é mais difícil do que a do vírus da gripe.
Sintomas
Como já referimos, o coronavírus é um agente que afeta, sobretudo, as vias respiratórias. Por isso, os seus principais sinais são:
- dificuldade em respirar;
- febre;
- tosse.
Diagnóstico
O diagnóstico deste vírus é realizado através da recolha de materiais respiratórios com potencial de aerossolização (aspiração de vias aéreas ou indução de escarro) e são essas duas amostras que servirão de meio de diagnóstico.
Os exames de biologia molecular ajudarão a detetar se há ou não o RNA viral. Assim sendo, e em caso positivo, os pacientes mais urgentes devem seguir para um hospital de referência, para isolamento e tratamento.
Tratamento
Não há um tratamento específico para este tipo de vírus, mas sim algumas medidas aconselhadas, as quais visam aliviar os sintomas da doença.
- repouso;
- ingestão de muita água;
- toma de analgésicos e antipiréticos;
- toma de banhos quentes.
Medidas preventivas
Há medidas que pode tomar para evitar infeções respiratórias agudas, nomeadamente pelo novo coronavírus, por isso tome nota:
- evitar contacto com pessoas com infeções respiratórias agudas ou sintomas desta doença;
- lavar frequentemente as mãos, especialmente após o contacto com pessoas doentes ou com o meio ambiente ou depois de tossir ou espirrar;
- utilizar lenços descartáveis para limpar as fossas nasais;
- tapar o nariz e a boca quando espirrar ou tossir;
- evitar tocar nas mucosas dos olhos, nariz e boca;
- não partilhar objetos pessoais, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
- manter os ambientes bem ventilados;
- evitar contacto próximo com animais selvagens ou animais doentes.
O que fazer se suspeita que contraiu o vírus?
Um caso suspeito de coronavírus tem de apresentar febre, problemas respiratórios e demais sintomas enumerados acima, além de:
- ter sido alguém que viajou nos últimos 14 dias (antes do início dos sintomas) para a cidade de Wuhan;
E/OU
- ter tido um contacto próximo com um caso suspeito ou confirmado.
Se preencher estes pressupostos, deve manter-se calmo, isolado e entrar em contacto com a linha de saúde 24: 808 24 24 24, para obter mais informações e indicações sobre o que fazer.