O relatório do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra revelou ontem dados que comprovam que o salário médio em Portugal sofreu cortes anuais na ordem dos 400 euros. Estes cortes são consequência das fortes medidas de austeridade implementadas pelo Governo, que resultam em alterações às leis laborais, à desvalorização gradual do trabalho, entre outros. O documento apresentado revela que «o conjunto das alterações, cujo impacto foi estimado, parece ter uma dimensão semelhante ou superior ao efeito pretendido com a alteração da TSU».
Um exemplo
Se considerarmos o exemplo de um trabalhador que recebam mensalmente o salário médio praticado na ordem dos 962,4 euros, feitas as contas e ao fim de um ano, facilmente percebemos que o trabalhador terá perdido entre 351,4 e 466 euros. Estas perdas resultam também das “alterações feitas em 2012 às regras de retribuição pelo salário complementar, pela mudança nas condições de isenção de horário, pelo fim de quatro feriados e pela diminuição de três dias de férias”, conforme indica o jornal Público.
Empresas Vs. Trabalhadores
O relatório vai ainda mais longe e aponta a “transferência de riqueza” dos trabalhadores para as empresas, concluindo assim que a entidade patronal beneficia com estas medidas, ao contrário das famílias portuguesas que estão cada vez com menos poder de compra.
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