Share the post "Cortisona: o que é, para que serve e quais os efeitos secundários?"
A grande maioria de nós já ouviu falar em cortisona e, talvez, até já tenha usado este produto, mesmo que sem ter consciência disso. Esta substância está muito associada aos seus efeitos secundários, de que é exemplo o aumento de peso ou o inchaço. Porém, há que ter noção de toda a utilidade que este medicamento pode ter na nossa saúde.
Com efeito, a cortisona é capaz de tratar uma grande variedade de doenças e, por isso, não deve ser vista como um produto desaconselhável. Todavia, ela apenas deve ser tomada mediante indicação médica e é fundamental cumprir com a sua dosagem e com a duração do tratamento. Fique, agora, a perceber um pouco melhor os seus usos e, também, os seus efeitos secundários.
Cortisona: tudo o que precisa de saber sobre este corticosteroide
Antes de mais, importa explicar que a cortisona é uma hormona produzida naturalmente pelo nosso próprio organismo (nomeadamente pelas glândulas adrenais), sempre que o nosso corpo está sob stress.
Porém, há 80 anos que a cortisona também é produzida artificialmente, com fins terapêuticos. Este corticosteroide pode apresentar-se sob a forma injetável, inalável, em pomada, comprimidos, spray nasal ou colírios.
Convém também ter noção de que os efeitos da cortisona no organismo vão depender da sua forma de aplicação, assim como da duração do próprio tratamento.
Quando os corticoides atuam e ficam depositados nos tecidos e nos órgãos, por exemplo, o organismo pode demorar meses a expulsá-los na totalidade, permanecendo o corpo sob o seu efeito durante esse período temporal. Em alguns casos, esses efeitos até se podem tornar permanentes.
Portanto, o ideal é falar sempre com o seu médico sobre este tema, de modo a aferir quanto tempo é que é expectável que esteja sob o efeito da cortisona.
Usos terapêuticos
A cortisona é um anti-inflamatório e um imunossupressor forte que pode ser receitado em caso de:
- alergias;
- doença respiratórias e/ou de pele e/ou autoimunes e/ou oncológicas;
- problemas oculares;
- reumatismo;
- colite ulcerativa;
- artrite;
- esclerose múltipla;
- hepatite;
- doença inflamatória intestinal;
- herpes zoster;
- entre muitas outras.
Efeitos secundários
Como já explicámos, a cortisona é uma hormona sintética que não atua apenas na região a tratar, mas em todo o corpo. Assim, um uso excessivo ou desadequado desta substância pode causar dependência, entre outros efeitos secundários possíveis, tais como:
- aumento de peso;
- retenção de líquidos;
- doenças de pele, como acne;
- diabetes;
- aumento da tensão arterial;
- alterações no ciclo menstrual;
- osteoporose;
- doenças oftalmológicas, como a catarata;
- náuseas;
- maior risco de infeção;
- problemas no fígado;
- distúrbios psicológicos, como ansiedade e depressão;
- fraqueza muscular;
- cicatrização mais difícil;
- entre muitos outros.
Contra-indicações
Tendo em conta os seus muitos efeitos secundários, a cortisona só deve ser tomada mediante prescrição médica e cumprindo as dosagens indicadas e a duração do tratamento.
Este medicamento está, ainda, contraindicado para as pessoas com alergia à cortisona ou com infeção fúngica sistémica ou infeção não controlada. Esta substância também deve ser evitada durante a gravidez e o aleitamento.
Indivíduos com hipertensão, insuficiência cardíaca, insuficiência renal, osteoporose, epilepsia, úlcera gastroduodenal, diabetes, glaucoma, obesidade ou psicose também devem ter cautela no uso desta substância.
Tipos de apresentação da cortisona
- Colírios: usados para problemas oftalmológicos, como conjuntivite. Podem diminuir a vermelhidão, a irritação e a inflamação.
- Spray nasal: utilizados para combater a congestão nasal e a rinite.
- Pomadas, loções ou géis: receitados para tratar doenças de pele e reações alérgicas, como urticária, eczema ou dermatite atópica.
- Comprimidos: prescritos para o tratamento de doenças osteomusculares, reumáticas, endócrinas, dermatológicas, oftalmológicas, respiratórias, alérgicas, hematológicas, neoplásicas, entre outras.
- Inalável: aconselhável no tratamento da doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), asma e alergias respiratórias.
- Injetável: indicados para o tratamento de condições alérgicas, dermatológicas, do colagéneo, alterações osteomusculares e de tumores malignos.