Teresa Campos
Teresa Campos
20 Jan, 2022 - 10:58

Covid-19 e as grávidas e recém-mamãs: perguntas e respostas

Teresa Campos

Se tem dúvidas sobre a covid-19 e as grávidas e recém-mamãs, conheça as recomendações do Centro de Controlo e Prevenção de Doença.

grávida em consulta pré-natal a fazer ecografia de máscara

Numa altura em que enfrentamos mais uma vaga da pandemia de covid-19, que continua a infetar e a matar pessoas um pouco por todo o mundo, há mulheres que são portadoras de vida – seja no seu ventre, seja nos seus braços. Os anseios da relação entre a covid-19, grávidas e recém-mamãs são comuns a muitas mulheres que, neste momento, vivem num misto de sentimentos e emoções.

Ter um filho é sempre motivo de alegria, mas também de alguma angústia e nervosismo. Porém, quando se vive uma ameaça global como é a do novo coronavírus, todos esses medos naturais podem ser multiplicados e gerar muitas dúvidas e inquietações acerca da relação entre a covid-19/grávidas/recém-mamãs.

Por isso mesmo, Centro de Controlo e Prevenção de Doença (CDC) deixou alguns esclarecimentos e conselhos a quem, neste momento, carrega em si a esperança – em forma de bebé.

Covid-19, grávidas e recém-mamãs

Saiba o que diz o CDC.

Gravidez aumenta risco de covid-19 grave?

Sim, se compararmos os riscos corridos pelas gestantes com os das demais pessoas.

Porquê?

A explicação para tal está no facto da gravidez provocar alterações no corpo da gestante que podem torná-la mais suscetível ao desenvolvimento de um quadro severo de covid-19 e a vírus respiratórios, no geral.

Alguns destes efeitos no organismo podem ser sentidos mesmo depois do termo da gravidez.

Grávidas e bebés: quais as consequências?

A covid-19 pode aumentar o risco de parto prematuro (antes da 37 semanas de gestação), além de outras complicações gestacionais. O risco destas complicações é maior em mulheres com outros fatores de risco, como idade gestacional avançada.

Outros fatores de risco na gravidez

Quais os outros fatores que podem aumentar o risco das grávidas desenvolverem quadros severos de covid-19?

  • Ter determinadas complicações de saúde.
  • Ter mais de 25 anos de idade.
  • Frequentar ambientes com muitos casos positivos de covid-19 ou com uma baixa taxa de vacinação.
  • Não conseguir manter a distância de segurança, sobretudo em relação pessoas infetadas.
Mulher a amamentar bebé

Grávidas devem vacinar-se?

Sim. A vacinação é recomendada a mulheres que estão grávidas, a amamentar, a tentar engravidar ou que possam vir a ficar grávidas no futuro.

De acordo com a norma 002/2021 da Direção-Geral da Saúde, atualizada a 11.01.2022, as grávidas com mais de 16 anos de idade devem ser vacinadas contra a covid-19, a partir das 21 semanas de gestação, após a realização da ecografia morfológica.

Note-se que entre esta e outras vacinas, deve existir um intervalo mínimo de 14 dias.

Em caso de dúvida, procure saber mais junto de um profissional de saúde.

Medidas de prevenção para grávidas

A grávida deve adotar comportamentos que ajudem a evitar o contágio por covid-19 e que são aconselhados à generalidade da população, nomeadamente vacinar-se e usar máscara.

Grávida não vacinada: como agir?

Nestas situações, é importante que não só a gestante, como as pessoas à sua volta, adotem medidas preventivas da transmissão da covid-19.

Assim, deve evitar-se ou limitar-se o contacto com pessoas que tenham estado expostas ao Sars-Cov-2, assim como isolar qualquer coabitante que teste positivo ao novo coronavírus.

Cuidados durante e depois da gravidez

É importante que a mulher compareça a todos os compromissos (consultas, por exemplo) durante e depois da gravidez. Além disso, cumpra com todas as medidas de prevenção da covid-19 que lhe sejam recomendadas pelos profissionais de saúde que a atendam.

homem e mulher veem resultado do teste à covid
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Suspeita de covid-19: o que fazer?

Em caso de suspeita de covid-19, as grávidas, como qualquer indivíduo, devem fazer um teste de modo a despistar a infeção, seguindo posteriormente os procedimentos que lhe forem indicados, em função do resultado.

Quando ir às urgências?

O atual contexto pandémico não deve evitar as idas às urgências hospitalares quando elas se revelam realmente necessárias.

No caso das grávidas, é importante procurar ajuda médica em caso de:

  • dor de cabeça constante;
  • tonturas;
  • febre;
  • inchaço da mão, rosto, braço ou perna;
  • dificuldades respiratórias;
  • dor no peito;
  • batimento cardíaco acelerado;
  • náusea;
  • vómito;
  • hemorragia vaginal.

Covid-19 e amamentação

Até ao momento, a evidência científica sugere que o leite materno não transmite o novo coronavírus ao bebé. Ainda assim, se tem covid-19, aprenda como amamentar e cuidar do seu recém-nascido de forma mais segura.

Saiba também que pode ser vacinada durante o período em que está a amamentar.

Fonte: Centro de Controlo e Prevenção de Doença

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