Share the post "Covid-19 e as grávidas e recém-mamãs: perguntas e respostas"
Numa altura em que enfrentamos mais uma vaga da pandemia de covid-19, que continua a infetar e a matar pessoas um pouco por todo o mundo, há mulheres que são portadoras de vida – seja no seu ventre, seja nos seus braços. Os anseios da relação entre a covid-19, grávidas e recém-mamãs são comuns a muitas mulheres que, neste momento, vivem num misto de sentimentos e emoções.
Ter um filho é sempre motivo de alegria, mas também de alguma angústia e nervosismo. Porém, quando se vive uma ameaça global como é a do novo coronavírus, todos esses medos naturais podem ser multiplicados e gerar muitas dúvidas e inquietações acerca da relação entre a covid-19/grávidas/recém-mamãs.
Por isso mesmo, Centro de Controlo e Prevenção de Doença (CDC) deixou alguns esclarecimentos e conselhos a quem, neste momento, carrega em si a esperança – em forma de bebé.
Covid-19, grávidas e recém-mamãs
Saiba o que diz o CDC.
Gravidez aumenta risco de covid-19 grave?
Sim, se compararmos os riscos corridos pelas gestantes com os das demais pessoas.
Porquê?
A explicação para tal está no facto da gravidez provocar alterações no corpo da gestante que podem torná-la mais suscetível ao desenvolvimento de um quadro severo de covid-19 e a vírus respiratórios, no geral.
Alguns destes efeitos no organismo podem ser sentidos mesmo depois do termo da gravidez.
Grávidas e bebés: quais as consequências?
A covid-19 pode aumentar o risco de parto prematuro (antes da 37 semanas de gestação), além de outras complicações gestacionais. O risco destas complicações é maior em mulheres com outros fatores de risco, como idade gestacional avançada.
Outros fatores de risco na gravidez
Quais os outros fatores que podem aumentar o risco das grávidas desenvolverem quadros severos de covid-19?
- Ter determinadas complicações de saúde.
- Ter mais de 25 anos de idade.
- Frequentar ambientes com muitos casos positivos de covid-19 ou com uma baixa taxa de vacinação.
- Não conseguir manter a distância de segurança, sobretudo em relação pessoas infetadas.
Grávidas devem vacinar-se?
Sim. A vacinação é recomendada a mulheres que estão grávidas, a amamentar, a tentar engravidar ou que possam vir a ficar grávidas no futuro.
De acordo com a norma 002/2021 da Direção-Geral da Saúde, atualizada a 11.01.2022, as grávidas com mais de 16 anos de idade devem ser vacinadas contra a covid-19, a partir das 21 semanas de gestação, após a realização da ecografia morfológica.
Note-se que entre esta e outras vacinas, deve existir um intervalo mínimo de 14 dias.
Em caso de dúvida, procure saber mais junto de um profissional de saúde.
Medidas de prevenção para grávidas
A grávida deve adotar comportamentos que ajudem a evitar o contágio por covid-19 e que são aconselhados à generalidade da população, nomeadamente vacinar-se e usar máscara.
Grávida não vacinada: como agir?
Nestas situações, é importante que não só a gestante, como as pessoas à sua volta, adotem medidas preventivas da transmissão da covid-19.
Assim, deve evitar-se ou limitar-se o contacto com pessoas que tenham estado expostas ao Sars-Cov-2, assim como isolar qualquer coabitante que teste positivo ao novo coronavírus.
Cuidados durante e depois da gravidez
É importante que a mulher compareça a todos os compromissos (consultas, por exemplo) durante e depois da gravidez. Além disso, cumpra com todas as medidas de prevenção da covid-19 que lhe sejam recomendadas pelos profissionais de saúde que a atendam.
Suspeita de covid-19: o que fazer?
Em caso de suspeita de covid-19, as grávidas, como qualquer indivíduo, devem fazer um teste de modo a despistar a infeção, seguindo posteriormente os procedimentos que lhe forem indicados, em função do resultado.
Quando ir às urgências?
O atual contexto pandémico não deve evitar as idas às urgências hospitalares quando elas se revelam realmente necessárias.
No caso das grávidas, é importante procurar ajuda médica em caso de:
- dor de cabeça constante;
- tonturas;
- febre;
- inchaço da mão, rosto, braço ou perna;
- dificuldades respiratórias;
- dor no peito;
- batimento cardíaco acelerado;
- náusea;
- vómito;
- hemorragia vaginal.
Covid-19 e amamentação
Até ao momento, a evidência científica sugere que o leite materno não transmite o novo coronavírus ao bebé. Ainda assim, se tem covid-19, aprenda como amamentar e cuidar do seu recém-nascido de forma mais segura.
Saiba também que pode ser vacinada durante o período em que está a amamentar.
Fonte: Centro de Controlo e Prevenção de Doença