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A COVID-19 e os maiores de 65 anos tem sido apresentada como uma combinação perigosa e com consequências nefastas. Indivíduos com mais de 60/70 anos constituem um dos grupos de maior risco, no que toca à contaminação pelo novo coronavírus.
A explicação é simples. A idade avançada, o sistema imunitário mais débil e as morbilidades associadas tornam estas pessoas em vítimas mais frequentes e fatais da COVID-19. Por essa razão, as taxas de mortalidade internacionais (e, mesmo, nacional) identificam uma prevalência desta doença junto da população mais velha.
Assim, para evitar a combinação COVID-19 e os maiores de 65 anos, no início da pandemia foi necessário apostar seriamente na prevenção que, neste caso, se traduziu num isolamento social muito sério e rigoroso. O que agora volta a acontecer.
COVID-19 e os maiores de 65 anos. Precauções a ter com os pais e com os avós
O novo coronavírus não escolhe raças, religiões, cor de pele, nacionalidades, géneros ou idades. Contudo, a COVID-19 e os maiores de 65 anos representa mais riscos. Isto, porque os sintomas deste novo vírus na população sénior revelam-se mais graves, podendo mesmo levar à morte.
Daí, os mais velhos deverem, muito especialmente, tomar medidas preventivas que os protejam deste coronavírus. Neste sentido, o isolamento social é a opção mais sensata e que se deve traduzir, idealmente, na restrição absoluta do contacto com o exterior, durante o período de evolução desta pandemia.
Porém, esta recomendação pode atrair outros problemas colaterais que colocam, igualmente, em causa o bem-estar físico e psicológico do idoso. Portanto, é importante estar alerta para alguns aspetos, quer seja sénior, quer tenha um familiar sénior.
Dicas para um sénior em isolamento social
Se tem mais de 60 anos e está a respeitar as recomendações de isolamento sugeridas pelas entidades competentes, então parabéns, pois está a ter o comportamento mais adequado.
Porém, isso não significa que não esteja a ter dificuldade em lidar com esta nova situação. Por essa razão, deixamos-lhe algumas dicas muito úteis que deve pôr em prática.
- Informação, mas com moderação. Não deve estar sempre a ler notícias sobre a COVID-19. Além disso, deve verificar sempre as fontes e conferir se são oficiais, como a Organização Mundial de Saúde, Serviço Nacional de Saúde ou Direção Geral de Saúde;
- Alimentação equilibrada. Faça uma dieta adequada à sua faixa etária e ao seu estado de saúde, de acordo com a Roda dos Alimentos;
- Medicação. Continue a tomar corretamente a sua medicação habitual;
- Vigilância da saúde. Em caso de sintomas compatíveis com COVID-19, mantenha a calma e contacte, primeiramente, a linha de Saúde 24 (808 24 24 24);
- Telefonemas aos familiares e amigos, seja por chamada ou videochamada;
- Pedido de ajuda. Seja para entregar comida e medicamentos, seja para conversar, peça ajuda, recorrendo aos mais próximos e ao apoio dado pelas juntas de freguesia;
- Rotinas saudáveis e hábitos de higiene pessoal cuidados. Defina um horário e tarefas para si próprio e cumpra à risca;
- Atividades divertidas e que estimulem o corpo e a mente. Algumas sugestões de coisas para fazer são: ouvir música, ler livros, ver filmes, dançar, fazer jogos, praticar atividade física,…
Dicas para quem tem um familiar sénior em isolamento social
Se não tiver mais de 60 anos, mas tiver familiares nessa idade, então o seu papel é fundamental para garantir que o sénior em isolamento cumpre, por um lado, essa condição e, por outro lado, também cuida de si e mantém-se bem física e psicologicamente. Assim, há algumas medidas que pode adotar, durante este período de distanciamento.
- Telefonemas regulares. É importante mostrar ao sénior que existem pessoas atentas e preocupadas com ele e disponíveis para o ajudar em qualquer altura, seja no que for. Para isso, recorra às novas tecnologias, nomeadamente às redes sociais e às videochamadas.
- Atenção ao estado de saúde e bem-estar do sénior. É importante ir avaliando a disposição e o humor do familiar, nomeadamente através do seu discurso e aparência;
- Controlo da medicação. Dentro do possível, é essencial controlar se o sénior está a tomar correta e adequadamente a sua medicação habitual;
- Incentivo aos hábitos saudáveis. Deve estimular o sénior a praticar exercício físico e a ter uma alimentação equilibrada.
Conclusão
O isolamento social é um desafio para todos e, ao mesmo tempo que nos protege do novo coronavírus, expõe-nos a outros riscos que podem ter consequências tanto a curto, como a longo prazo.
Porém, se seguir as nossas recomendações, conseguirá minorar em grande parte os efeitos colaterais desta medida que é imperativa para o controlo da propagação do novo coronavírus, sobretudo entre a população sénior. Portanto, una-se a este esforço coletivo que fará toda a diferença no modo de evolução desta pandemia.
Fontes: Ordem dos Psicólogos/OMS