Share the post "COVID-19 e regresso às aulas: regras e cuidados a ter na escola"
Este será um regresso às aulas diferente. Os miúdos estão desde março sem ir à escola e, devido à pandemia do novo coronavírus, há novas regras a cumprir. A COVID-19 e regresso às aulas vai colocar desafios a todos. Professores, alunos e pais vão ter de se adaptar a novos modos de funcionamento e de organização.
A Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, a Direção-Geral da Educação e a Direção-Geral da Saúde reuniram e publicaram um conjunto de orientações excecionais de organização e funcionamento que devem ser seguidas nos estabelecimentos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, enquanto a pandemia durar.
O principal objetivo destas medidas é que a COVID-19 e regresso às aulas não se traduza num aumento exponencial do número de casos de infeção pelo novo coronavírus. Para isso, é essencial assumir comportamentos que evitem a transmissão do SARS-Cov-2, como a desinfeção das mãos, a etiqueta respiratória e o distanciamento físico, e que permitam a deteção mais rápida de um caso suspeito de infeção.
COVID-19 e regresso às aulas: como tudo vai funcionar
Todas as escolas devem ter um Plano de Contingência para a COVID-19 e regresso às aulas, que respeite a Orientação nº 006/2020 da DGS. Esse plano de contingência deve garantir algumas condições essenciais, como:
- instalações sanitárias adequadas a uma correta higiene;
- distanciamento físico;
- máscaras para todos os indivíduos internos e externos à escola, com exceção dos alunos de níveis de ensino abaixo do 2º ciclo de escolaridade;
- divulgação de informação prática sobre higienização das mãos, etiqueta respiratória e colocação da máscara;
- disponibilização de uma solução antissética de base alcoólica (SABA) à entrada dos recintos.
COVID-19 e regresso às aulas: Educação Pré-Escolar
O ensino pré-escolar, destinado a crianças entre os 3 e os 6 anos, grosso modo, obedece a normas específicas. A principal sugestão é que os alunos, educadores e auxiliares deste nível de ensino se organizem em pequenos grupos e evitem a interação entre os diferentes grupos.
Para isso, é importante usar salas mais amplas e arejadas e definir circuitos de circulação interna e de entrada e de saída que evitem cruzamentos desnecessários de pessoas. Além disso, é importante que determinem espaços considerados “sujos” ou “limpos”.
Quanto às crianças, estas devem possuir um calçado exclusivo para a pré-escola e não devem levar brinquedos seus ou outros objetos não essenciais. Na hora de brincar e de comer, ou seja, no recreio e no refeitório, respetivamente, as turmas devem ser organizadas em “turnos” distintos ou, então, haver áreas demarcadas para cada grupo de alunos, de modo a evitar contactos entre as várias turmas.
Os encarregados de educação também devem deixar os miúdos na entrada da pré-escola, não entrando dentro dela, de maneira a reduzir ao mínimo o número de pessoas a circular no interior destes estabelecimentos.
Sempre que possível, é aconselhável desenvolver atividades em espaços abertos, assim como recorrer a materiais simples de higienizar e de desinfetar, entre utilizações.
COVID-19 e regresso às aulas: Ensinos Básico e Secundário
Nestes níveis de ensino, algumas regras são ligeiramente diferentes. O funcionamento por turmas também é privilegiado, devendo elas partilhar os mesmos horários, horas de refeições e intervalos, os quais devem ter uma duração o mais curta possível.
Os refeitórios devem apostar em horários desfasados para as várias turmas e, em alguns casos, optarem por soluções de take-away que contribuam para prevenir situações de ajuntamento de alunos. Se possível, as turmas devem ter aulas sempre na mesma sala e cada aluno deve ter um lugar fixo. A distância entre esses lugares, isto é, entre alunos, deve ser a maior possível.
Para evitar as aglomerações de alunos, é fundamental identificar circuitos de circulação, que visem o distanciamento físico. Principalmente as áreas comuns devem ser alvo de uma limpeza e higienização constantes.
Comportamentos a adotar por toda a comunidade escolar
Há medidas que é especialmente importante cumprir seja pelo pessoal docente, seja pelo pessoal não docente. Algumas delas são:
- Tossir ou espirrar para a zona interior do braço ou usar lenços de papel e descartá-los em seguida;
- Desinfetar as mãos com uma SABA e/ou lavar regularmente as mãos, com água e sabão;
- Não partilhar com outras pessoas comida ou objetos pessoais;
- Usar máscara, com exceção das crianças do ensino pré-escolar e do 1º ciclo;
- Evitar tocar nos olhos, no nariz e na boca ou na máscara;
- Evitar tocar em superfícies como corrimãos, maçanetas ou interruptores.
Como colocar, usar e retirar a máscara
Nunca é demais recordar como a máscara deve ser manuseada, uma vez que só se este procedimento for executado corretamente é que a máscara se torna num meio eficaz da prevenção da transmissão do novo coronavírus. A DGS explica como fazê-lo:
- Lavar as mãos, antes de colocar a máscara.
- Colocá-la na posição correta, usando os atilhos ou elásticos.
- Ajustá-la ao rosto, cobrindo a área do nariz até ao queixo.
- Trocá-la, assim que ela esteja húmida.
- Evitar tocar nela.
- Lavar as mãos, antes de a retirar.
- Removê-la, usando os atilhos ou elásticos.
- Descartá-la no lixo comum (se se tratar de uma máscara descartável) e lavar as mãos em seguida.
Como lavar corretamente as mãos
Higienizar bem as mãos implica despender, pelo menos, 20 segundos e não basta passá-las por um pouco de água e sabão. Eis como fazê-lo adequadamente, segundo a DGS:
- Molhar as mãos com água.
- Cobrir toda a superfície das mãos com sabão.
- Esfregar as palmas das mãos uma na outra.
- Juntar as palmas das mãos e entrelaçar os dedos.
- Esfregar rotativamente todos os dedos.
- Esfregar a região do pulso.
- Enxaguar as mãos em água abundante.
- Secar bem as mãos num toalhete descartável.