O Crato é uma vila alentejana, pacata e tranquila, que fica em Portalegre. Um dos ex-líbris locais é, sem dúvida, o Mosteiro de Flor da Rosa e a tradição monástica que legou à região.
Esta vila é pequena, mas está muito bem preservada, caraterizado pelo seu casario branco com faixa, tipicamente alentejano. Há mais de 30 anos que esta vila também é conhecida pelo seu Festival, o Festival do Crato que atrai muitos visitantes à vila, por altura do verão.
Esta vila alentejana, apesar de simples e de pequena dimensão, possui um património rico e diversificado, composto por uma vastidão de monumentos de interesse.
À cabeça, o Mosteiro de Santa Maria de Flor da Rosa, onde atualmente funciona uma das magníficas Pousadas de Portugal. Merecem, também, menção a sua Igreja Matriz do século XIII, as ruínas do Castelo Altaneiro, a Capela de Nossa Senhora do Bom Sucesso e a Casa Museu Padre Belo.
Crato: o que não pode perder nesta vila alentejana
Esta é uma região com valor arqueológico, já que possui vários monumentos megalíticos, como a Anta do Couto dos Andreiros ou o Penedo do Caraça, entre muitos outros. A natureza também impressiona pela sua beleza.
Nas proximidades há três barragens para visitar: a de Vale Seco, a da Arreganhada e a da Câmara. Aí, é possível realizar diversas atividades desportivas, náuticas e de lazer.
Mosteiro de Santa Maria de Flor da Rosa
O Mosteiro da Ordem do Hospital de Flor da Rosa foi fundado em 1356 e está localizado na aldeia de Flor da Rosa, perto de Crato. É um monumento muito importante na região e, desde 1995, funciona como pousada.
O edifício é composto por três “partes” distintas: a igreja-fortaleza de estilo gótico, um paço-acastelado gótico (mas já com alterações quinhentistas) e as restantes dependências conventuais, renascentistas e mudéjares.
Ponte Velha do Crato
Na Ribeira do Chocanal, a cerca de 100 metros do Crato, fica esta também chamada de ponte romana, uma construção em alvenaria de granito. Julga-se que a construção seja medieval, embora as aduelas dos arcos possam ter tido origem romana ou, então, tenham sido feitas, reutilizando materiais do passado.
Festival do Crato
Desde 1984, que a vila do Crato também é conhecida pela sua Feira de Artesanato e Gastronomia. Começou como uma feira regional, tornou-se num festival de dimensão nacional, onde vão tocar não só artistas portugueses, como internacionais.
Já por lá passaram nomes como Gipsy Kings, Gentleman, Pedro Abrunhosa & Comité Caviar, Ivete Sangalo e Gavin James. Obviamente que o festival só acontece no verão, mas pode já colocar na sua agenda para 2023.
O que ver nos arredores de Crato
Alter do Chão
Outra vila pacata alentejana, também pertencente ao distrito de Portalegre. Além do casario, de um ou de dois andares, e branco e de faixa colorida, há casas senhoriais dos séculos XVII e XVIII para admirar ao longo das ruas.
O património de Alter também é bastante rico. Aqui, encontra-se o Castelo, a Igreja do Nosso Senhor Jesus do Outeiro, a Igreja da Misericórdia, a Capela de Santana, a Igreja de São Francisco, a Igreja de Nossa Senhora da Alegria, a Igreja do Convento de Santo António e a Capela de Santo António dos Olivais.
É também em Alter que fica a Coudelaria, fundada em 1748 por D. João V, com vista à criação de cavalos de raça lusitana para a Picaria Real. Atualmente, é aí que funciona a Escola Profissional Agrícola de Alter do Chão, a Escola Portuguesa de Arte Equestre e um Pólo da Universidade de Évora.
Cabeço de Vide
Esta é uma freguesia que pertence ao concelho de Fronteira. Do seu património, destacam-se as ruínas do Castelo, a Capela do Espírito Santo, o Pelourinho, o Cruzeiro e Estação de Caminhos de Ferro, decorada com azulejos que narram cenas da vida rural.
Nesta região, ficam também as Termas de Sulfúrea, indicadas para o tratamento de doenças de pele, respiratórias e reumáticas. São utilizadas desde a época da ocupação romana e dispõem de diversas fontes e nascentes, numa área arborizada.
Castelo de Vide
Esta vila fica numa colina da Serra de São Mamede. O seu casario branco florido é encimado pelo Castelo, rodeado por vários legados megalíticos, como o Menir da Meada. De visitar é, também, a “Judiaria”, que ainda preserva a sinagoga, as janelas e portas ogivais das habitações, assim como as portas da oficina ou comércio, algumas decoradas com símbolos profissionais.
Prove ainda pratos típicos como o sarapatel (vísceras de borrego ou cabrito), o ensopado de cabrito ou as migas com entrecosto. Termine a viagem, degustando, alguns dos licores produzidos na região.