Tendo em conta os valores históricos do crédito malparado, os bancos colocam cada vez mais entraves para a concessão de novos empréstimos. Por isso, verificou-se, principalmente, no crédito habitação uma diminuição de 25,7% de Maio para Junho. O crédito ao consumo também sofreu uma acentuada queda no mesmo período de 10,9%. Só mesmo o crédito para outros fins é que registou um aumento de 13,2%.
Em Junho verificou-se um aumento no crédito malparado, entre os particulares, que se justifica pela evolução das cobranças duvidosas no crédito ao consumo.
As empresas também se ressentem do corte nos empréstimos, tendo a concessão de novos empréstimos caído para 5,4%.
Cada mês que passa é uma prova de fogo para as famílias que deixam de conseguir pagar as prestações à Banca. Seja pelos cortes salariais, pela subida dos impostos ou o flagelo do desemprego, há cada vez mais dificuldade em honrar com os compromissos financeiros.
Além destas dificuldades, muitas são as famílias que não têm bens para pagar as dívidas, ou pelo menos, os bens não estão em nome dos devedores.
A opinião geral é a de que Portugal é um país de extremos, ora o crédito é demasiadamente facilitado, ora é restrito ao máximo. O principal erro é tentar viver acima das possibilidades e por isso, é que hoje são muitas as pessoas que têm que pagar o carro, a televisão, o computador, enquanto enfrentam problemas como o desemprego, ou doença ou cortes salariais que colocam em causa o orçamento familiar.