A polícia já está bem a par desta nova forma de burla, que passa pelo recurso ao crédito automóvel para comprar um veículo, sendo feito o pagamento das prestações durante alguns meses e de seguida, numa conservatória com um requerimento é feito o pedido de anulação da hipoteca ou da reserva de propriedade.
Os burlões recorrendo à falsificação das assinaturas dos representantes das instituições de crédito, conseguem passar o automóvel para o seu nome. Por fim, é feita a venda do automóvel e quem sai lesado de toda esta situação é quem vai de seguida comprar o veículo, além dos advogados e notários que vêm falsificados os reconhecimentos das assinaturas que constam nos documentos entregues na Conservatória do Registo Automóvel.
Este é um esquema difícil de desmontar, especialmente, porque há muitos casos em que os automóveis são vendidos para fora do espaço europeu, o que dificulta muito a investigação. As técnicas utilizadas neste esquema fraudulento complicam a investigação, sendo muitas vezes complicado descobrir quem são os burlões, pois logo desde o inicio, onde tudo começou, ou seja, na concessão do crédito automóvel, são utilizados documentos e recibos de vencimento falsos.
Algumas das ideias para combater esta fraude é reforçar a segurança e o sistema de controlo, através da adopção de um documento electrónico com certificado digital, o uso de vinhetas e código de barras ou outros elementos de segurança no documento em papel.
Até que estas ou outras medidas de segurança se concretizem, os bancos quando recebem de um stand uma proposta de crédito, já ligam para as pessoas para confirmar os dados e até para as empresas onde supostamente trabalham para comprovar a veracidade do recibo de vencimento.
Numa outra fase do processo, em que alguém presente na conservatória solicita a anulação da hipoteca ou da reserva de propriedade, tem vindo a ser hábito das lojas de cidadão contactar os bancos de forma a comprovar a veracidade dos documentos.
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