Curso “Sexualidade, Fertilidade e Cancro” reflete sobre intimidade e qualidade de vida

Nos dias 20 e 27 de maio, em Coimbra, um grupo de especialistas vai juntar-se para falar de temas que, embora muitas vezes silenciados, são tudo menos secundários: sexualidade, fertilidade e cancro.

O curso, promovido pelo NRC.LPCC, tem como objetivo trazer luz a questões que frequentemente ficam na sombra durante o percurso da doença oncológica. Afinal, o cancro não afeta apenas o corpo. Abala rotinas, relações, emoções — e também a vida íntima.

O lado menos visível da doença

Não é novidade que os tratamentos oncológicos podem ter efeitos secundários. Mas quando se fala de perda de desejo, dor durante o ato sexual ou disfunção erétil, o assunto tende a ser evitado. O mesmo acontece com a infertilidade, que pode ser temporária… ou não.

Estas alterações impactam profundamente a qualidade de vida. Muitas vezes, são também uma fonte de sofrimento emocional acrescido, tanto para o doente como para quem o acompanha.

Formação pensada para profissionais de saúde

Com um total de 13 horas de formação, o curso oferece aos profissionais a oportunidade de ampliar os seus conhecimentos sobre sexualidade e fertilidade no contexto oncológico, conhecer diferentes estratégias de intervenção dirigidas às dificuldades sexuais e à preservação da fertilidade, e melhorar as suas práticas clínicas, integrando a dimensão íntima e relacional da experiência da doença.

Ciência, parceria e participação gratuita

A iniciativa conta com o patrocínio científico da Sociedade Portuguesa de Oncologia, do Centro de Preservação da Fertilidade (ULSC) e da Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução.

O curso decorre na sede do NRC.LPCC, em Coimbra (Celas), e é gratuito. Mas atenção: a inscrição é obrigatória e as vagas são limitadas a 30 participantes. Os interessados devem preencher o seguinte formulário. No mesmo link encontra-se o programa e a lista de formadores.

Uma excelente oportunidade para aprender, partilhar e, acima de tudo, contribuir para uma abordagem mais humana e completa da doença oncológica.