Share the post "O tamanho importa? Dacia diz que sim com o novo SUV Bigster"
Confesso que tenho um fraquinho pela Dacia. Primeiro, porque sempre fui um adepto incondicional dos “underdogs” e depois porque a marca do Grupo Renault diz claramente ao que vem, sem subterfúgios ou figuras de estilo para dourar a pílula. Como acontece com este novo Dacia Bigster.
Ao entrar de rompante no disputado segmento C-SUV, a Dacia apresenta-se com um preço estonteante (preço de referência para o mercado europeu é abaixo dos 25 mil euros) e um carro que não aspira a ser a última coca-cola do deserto. Longe disso. O grande objetivo é olhar o consumidor olhos nos olhos e apresentar ao mercado uma alternativa cujo balanço qualidade-preço seja essencial na escolha final.
E a verdade é que este Dacia Bigster não desilude, com um design que vai direto ao essencial (e agradável à vista), robusto, espaçoso e até com algumas features que podem surpreender alguns dos clientes mais exigentes. Mas já lá vamos.
Como já referimos, a ascensão da Dacia no mercado tem sido imparável e já é líder na Europa no que diz respeito ao segmento B. O Bigster é, assim, mais um capítulo de uma história que já tinha no pódio o Sandero e o Duster. Este SUV completa o trio das medalhas.
Dacia Bigster: de olhos postos no mercado
Costuma dizer-se que contra factos não há argumentos. E a verdade é que os preços dos SUV no mercado europeu têm vindo a atingir valores que começam a fugir da capacidade financeira da generalidade dos consumidores. Mas se calhar aindal parece haver um argumento nesta fatia do mercado. E a Dacia soube interpretá-lo com o Bigster.
A premissa inicial foi mesmo fazer um carro atrativo, de qualidade, ao mais baixo preço possível. O que se conseguiu.
O design do Novo Bigster demonstra o seu estilo robusto e a capacidade de apoiar os clientes nas suas atividades, sejam profissionais, de lazer ou familiares. As dimensões generosas são acentuadas por formas geométricas estilizadas e volumes cujas linhas simples vão diretamente ao essencial.
As grandes asas sobre as rodas e a posição dos faróis e dos farolins traseiros, nos extremos da carroçaria, reforçam a postura assertiva do Bigster na estrada.
A dianteira é também fiel ao design da marca, com uma grelha larga em preto brilhante, com o “Dacia link” ao centro. O capot esculpido e horizontal foi concebido para proporcionar ao condutor uma visão clara da estrada.
Tamanho revelador
Como já referimos, este é o maior Dacia jamais produzido, utilizando a mesma plataforma em que é produzido o Duster, a CMF-B. Com 4.57 metros de comprimento, 1,71 metros de altura e uma distância entre eixos de 2,70 metros, o Bigster ganha músculo e… espaço.
A bagageira, por exemplo, oferece uma capacidade de 667 litros de carga, valor que dispara com os bancos traseiros rebatidos. Este crescimento também se faz sentir no interior, com mais espaço, ergonomia e conforto.
E há ainda uma série de equipamentos e features que fazem do Dacia Bigster um carro, como diz a marca, cool, robusto e eco-inteligente.
- O Novo Bigster vem equipado, de série, com jantes de liga leve de 17 ou 18 polegadas, estando as jantes de 19 polegadas, com design gráfico, disponíveis, em opção, na versão topo de gama.
- Nos níveis de equipamento mais elevados, os clientes podem optar por um tejadilho preto, criando um acabamento em dois tons que sublinha as linhas de design do automóvel.
- Está disponível uma nova cor de carroçaria, o Azul Indigo, exclusiva do novo Bigster. Esta tonalidade metálica confere um toque de elegância, sugerindo um carácter estatutário, sem deixar de ser simples.
- O painel de bordo elevado e vertical aumenta o espaço disponível para os passageiros da frente.
- As informações de condução estão agrupadas num painel de instrumentos digital de 7 ou 10 polegadas (consoante a versão), enquanto as informações associadas ao sistema multimédia são apresentadas no ecrã tátil central de 10,1 polegadas (de série em todos os modelos Bigster).
- Dependendo da versão, o Novo Bigster está disponível com três tipos de consola central à frente: baixa, intermédia ou – pela primeira vez num Dacia – uma consola elevada com um apoio de braço (com compartimento refrigerado), um carregador por indução e um espaço de arrumação generoso.
- Foi dada uma especial atenção aos estofos dos bancos. Consoante o nível de equipamento, a tónica é colocada na simplicidade e na atração (Bigster Essential e Expression), na durabilidade e na facilidade de limpeza (Extreme) ou no acrescido conforto (Journey).
Preços e motorizações
Como se pode constatar, a estratégia da Dacia é clara: estar presente em todos os segmentos do mercado e sempre com propostas que lhe permitam estar, ou rondar, a liderança. Este é o primeiro passo no segmento C-SUV, que será seguido por dois outros automóveis.
O Dacia Bigster surge com três níveis de equipamento (Essential, Expression e Extreme/Journey) e estreia até uma nova motorização, o Hybrid 155, com um motor de 1,8 litros e uma bateria até aos 1,4 kWh. Os motores elétricos (tração e arranque/gerador) proporcionam uma potência máxima de 155 cavalos.
Segundo a Dacia, um dos grandes argumentos deste modelo está no baixo consumo, já que será capaz de andar em modo elétrico cerca de 80% do tempo que circula em circuito citadino.
Há também o Tce 140, um grupo propulsor baseado no TCe 130 disponível no novo Duster. Este primeiro nível de eletrificação combina um motor de nova geração a gasolina com 1,2 litros, 3 cilindros e turbo, com um sistema mild hybrid de 48V e uma caixa manual de 6 velocidades.
Para os mais aventureiros está disponível o Bigster TCe 130 4×4, que dispõe de uma transmissão Terrain Control 4×4, com cinco modos de condução: Auto, Snow (estradas escorregadias), Mud/Sand (pisos com lama ou areia), Off-Road (todo-o-terreno para trilhos difíceis) e Eco (para otimizar consumosI).
E, claro, não podia faltar uma das grandes apostas da marca atualmente em termos de motorizações, o Bigster versão bi-fuel. Com dois depósitos que podem acomodar 99 litros (gasolina e GPL), este modelo pode atingir qualquer coisa como 1450 quilómetros de autonomia.
Ainda não são conhecidos os preços finais para o mercado nacional, mas como referimos atrás os valores de referência na Europa andam abaixo dos 25 mil euros para a versão bi-fuel e abaixo dos 30 mil para a versão Hybrid 155. Imbatível.