Share the post "A imparável ascensão da Dacia: quantos recordes para bater?"
No primeiro semestre de 2024, o carro mais vendido na Europa não foi nenhum dos suspeitos do costume. O lugar mais alto do pódio foi ocupado por um Dacia Sandero, com mais de 143 mil unidades vendidas. É verdade que esta era uma distinção esperada. Em 2022 e 2023, tinha ficado em segundo lugar, mas já na dianteira no que diz respeito a vendas a particulares.
Afinal, o que tem sido o combustível desta ascensão imparável da Dacia? A verdade é que durante muito tempo, os carros da marca romena sempre foram vistos com algum desdém. Não seriam muito fiáveis, os materiais utilizados geravam muitas dúvidas, enfim, uma série de ideias feitas que, paulatinamente, a marca foi desmontando.
Como é que o fez? Através de uma lúcida estratégia de negócio de, como diz o povo, não dar um passo maior que a perna.
Os modelos que foi lançando adaptaram-se perfeitamente às necessidades do mercado, os preços conseguiram ser extremamente competitivos, o design foi sendo aprimorado e, muito importante, os consumos revelaram-se quase imbatíveis.
Isto levou a que a Dacia ganhasse uma importância crescente dentro do Grupo Renault (a que pertence), se bem que trilhando um caminho diverso da irmã francesa.
Dacia: de símbolo político a campeão do mercado
A Dacia surgiu em 1966, quando o governo da Roménia, à época sob um regime comunista, decidiu criar uma indústria automóvel nacional. O nome foi escolhido em homenagem à região histórica da Dácia, que corresponde ao território da Roménia moderna.
Desde cedo, a marca estabeleceu uma parceria com a Renault, uma colaboração que moldaria o futuro da marca. Aliás, o primeiro modelo lançado, o Dacia 1100, surge em 1968 e era uma cópia licenciada do Renault 8.
No entanto, o modelo mais emblemático da marca foi o Dacia 1300, baseado no Renault 12, que começou a ser produzido em 1969. Este modelo, conhecido pela sua durabilidade e simplicidade, tornou-se extremamente popular na Roménia e em outros mercados do Bloco de Leste.
A década de 1990 trouxe mudanças significativas para a Dacia. Com a queda do regime comunista, a marca enfrentou dificuldades financeiras e tecnológicas. Em 1999, a Renault adquiriu uma participação maioritária, assumindo o controlo total da empresa.
O turn-over definitivo acontece em 2004 com o aparecimento do Logan, um modelo compacto e acessível que marcou uma nova era para a marca.
Desde então, a Dacia tem expandido a sua gama de modelos, lançando veículos como o Duster, um SUV acessível que conquistou grande popularidade, e o já referido Sandero, um hatchback prático e económico.
Vamos conhecer os grandes campeões do Dacia?
Dacia Spring
Desde o lançamento, em 2021, o Spring já vendeu mais de 140.000 unidades na Europa. Com uma motorização 100% elétrica, garante uma autonomia de até 220 quilómetros. Os preços começam nos 16 900 euros da versão Essential, associada ao motor menos potente, com 33 kW (45 cv) de potência.A seguir surge a Expression, desde 18 900 euros, e a topo de gama, Extreme, a partir de 19 900 euros.
Dacia Logan
O Logan é um dos nomes mais famosos da Dacia. O novo modelo pode ser adquirido a partir de um valor base de 16.100 euros, com duas opções de motor: uma a gasolina de 90 cv e outra bi-fuel com gasolina e GPL de 100 cv. Trata-se de uma berlina extremamente fiável e ideal para algumas profissões que exigem condução permanente, fruto da economia que proporciona.
Dacia Sandero
O facto de ter sido o carro mais vendido da Europa no primeiro semestre deste ano já diz tudo sobre o impacto que o Dacia Sandero está a ter junto dos consumidores. É um citadino ágil e robusto e com uma das melhores habitabilidades interiores no seu segmento. Um modelo ainda com muito caminho para trilhar.
Dacia Duster
Este campeão da marca, já vendeu cerca de 2,.4 milhões de unidades desde que foi lançada a primeira versão, em 2010. O novo modelo, concebido sob uma nova plataforma, abriu as portas da eletrificação, mas o espírito aventureiro do Duster continua a sentir-se em cada pormenor. Com motorizações bi-fuel, myld-hybrid e híbrido, está mesmo pronto para abalar o mercado.
Como se pode ver, a Dacia não está a brincar no mercado e há muito que se vem tornado uma das marcas favoritas dos portugueses. Não é perfeita? Não, mas nenhuma o é.
A verdade é que cada vez mais as pessoas compram carros baseadas no lógica preço/design/consumo ou autonomia. E aí a marca do Grupo Renault começa a ser um caso sério.
Dacia Zen: fidelidade na assistência
Para ajudar à festa, a marca disponbiliza um novo produto, o Dacia Zen. Trata-se de oferecer maior garantia e valor aos clientes que efetuam a manutenção anual dos seus automóveis na rede de concessionários da marca. É-lhes oferecida, sem qualquer custo adicional, uma extensão de garantia de 1 ano ou 30.000 km (consoante o que ocorrer primeiro).
As unidades que efetuem as manutenções programadas na rede de concessionários, ano após ano, podem renovar a garantia até ao sexto ano de vida do automóvel, ou 120.000 km, dispondo assim de uma cobertura máxima do veículo até 7 anos ou 150.000 km (novamente, no primeiro dos dois limites atingidos).