Ekonomista
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01 Mar, 2022 - 18:21

Daltonismo: causas e sintomas de quem não distingue as cores

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À incapacidade ou diminuição da capacidade de ver a cor ou perceber as diferenças de cor chama-se daltonismo. Saiba mais sobre esta condição!

daltonismo

Quantas vezes não assistimos a conversas em que as mulheres falam de uma aparente limitação dos homens em distinguir as cores? Muitas. Mas afinal, o que é o daltonismo? Será que só afeta os homens? Vamos descobrir.

O que é o daltonismo?

Uma pessoa normal tem no seu olho cerca de 105 milhões de sensores à luz, sendo que destes só 5 milhões funcionam durante o dia e são responsáveis pela nossa visão das cores – chamam-se cones. Estes cones são R, G e B, ou seja, uns são mais sensíveis ao vermelho (R de red), outros ao verde (G de green) e outros ao azul (B de blue). Os outros 100 milhões chamam-se bastonetes e funcionam apenas para níveis de luz muito baixos e só produzem sensações de claro/escuro.

A visão das cores pode ser alterada de muitas formas. As patologias, como a diabetes e o glaucoma, lesões cerebrais ou alguns medicamentos podem alterar a visão das cores. O daltonismo é outra das condições que pode provocar este efeito.

O daltonismo é uma perturbação da perceção visual caracterizada pela incapacidade de diferenciar todas ou algumas cores. A forma mais comum afeta a perceção do vermelho e do verde, seguindo-se a perceção do azul e do amarelo. A ausência total de visão cromática é uma forma grave mas muito mais rara de daltonismo, causando uma visão a preto e branco.

O daltónico é o indivíduo que padece de daltonismo, ou seja, aquele que é incapaz ou tem dificuldade em distinguir as diferenças de cor. Por este motivo, a visão de um daltónico é, muitas vezes, apelidada de cegueira para cores.

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Quais as causas do daltonismo?

Os defeitos de visão cromática relativos às cores podem ser hereditários ou adquiridos. As causas hereditárias são muito mais frequentes e afetam principalmente a distinção das cores do espetro vermelho-verde. Por sua vez, os problemas adquiridos (lesões de origem neurológica; lesões nos órgãos responsáveis pela visão), mais raros, refletem-se predominantemente no espetro azul-amarelo.

O daltonismo é provocado por genes recessivos localizados no cromossoma X, daí que este problema ocorra mais frequentemente nos homens que nas mulheres. Estima-se que 8% da população masculina seja portadora do distúrbio, e que apenas 1 % das mulheres sejam atingidas.

Como as mulheres têm dois cromossomas X, mesmo que tenham a anomalia genética, esta é compensada pelo par correspondente, não manifestando a doença mas tendo, no entanto, capacidade de a transmitir. Como os homens só têm um cromossoma X, se herdarem o gene do daltonismo de um dos pais, a doença vai manifestar-se.

Principais sintomas

No daltonismo, os sintomas mais comuns são:

  • dificuldade em distinguir as cores;
  • incapacidade de ver tons da mesma cor;
  • movimentos oculares rápidos (em casos raros).

Habitualmente, os sintomas de daltonismo são observados pelos pais quando os filhos são ainda pequenos. Noutros casos, os sintomas são tão reduzidos, que nem são percetíveis.

Existe tratamento para o daltonismo?

Não existe nenhum tratamento que consiga reverter o daltonismo. Felizmente, na maioria dos casos, os défices não são absolutos e a maior dificuldade prende-se com a distinção das cores intermédias.

Não havendo cura, estão disponíveis ferramentas que ajudam a integração do daltónico, como é o caso do ColorAdd, um sistema de identificação de cores para daltónicos. Estas ferramentas são úteis para diminuir a incapacidade provocada pela dificuldade de diferenciar as cores, já que a nossa sociedade se rege por vários códigos de cores, como é o caso dos semáforos.

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