Segundo informações da DECO foram 369.767 os contactos efectuados à Associação no sentido de procurar saber “informações acerca dos seus direitos ou solicitando a intervenção da associação para a resolução de litígios”.
Os sectores que mais reclamações geraram foram as telecomunicações, compra e venda de bens, banca e serviços de interesse geral.
Quanto às telecomunicações, é a velocidade de Internet que mais gera a reclamação do cliente, seguida de problemas de assistência técnica, falta de qualidade e os períodos de fidelização, além dos serviços de toques e jogos para telemóveis.
Nesta temática, a DECO exige mais controlo por parte da ANACOM – Autoridade Nacional de Comunicações; defende a criação de um “regulamento de qualidade de serviço para a internet” e melhores práticas às empresas fornecedoras de serviços de telecomunicações.
No que respeita à banca, as queixas estão relacionadas com a falta de informação no crédito ao consumo, o aumento do spread no crédito habitação e as práticas na amortização antecipada no crédito ao consumo e crédito à habitação. Neste campo a DECO defende que deveria existir um maior controlo e intervenção por parte do Banco de Portugal.
Em relação ao sector da compra e venda, destaca-se a dificuldade sentida na altura de accionar a garantia e ainda as técnicas de vendas agressivas nas vendas de cartões de férias ou cartões de saúde, colchões, etc.
Finalmente, os sectores dos serviços, geram reclamações principalmente no que toca à facturação de serviços como a àgua, luz ou gás. Os consumidores queixam-se das inúmeras designações para as taxas apresentadas em factura.
A DECO reconhece que os consumidores estão cada vez mais bem informados e esclarecidos, mas assim mesmo “continuam a ser confrontados com o mesmo tipo de problemas”.