Deixar os gatos quando vai para fora é uma opção que muitos donos têm de tomar quanto precisam passar alguns dias fora de casa ou vão de férias.
Isto porque um dono dedicado sabe que o seu pequeno tigre gosta de muitas coisas, mas sair da sua própria casa não uma delas.
Inúmeros estudos científicos, que facilmente são validados pela experiência de qualquer dono atento, comprovam que para um gato, abandonar o território onde vive, é um factor de enorme stress e perturbação.
deixar os gatos quando vai para fora: o que fazer?
Sendo animais territoriais, que passam os seus dias a patrulhar e a marcar com o seu cheiro e unhas os locais onde habitam, qualquer mudança de ambiente forçada pode provocar-lhes medo e deixá-los desorientados face a cheiros e pessoas estranhas.
A única exceção é quando o gato está habituado e essa mudança desde muito pequeno, o que é frequente acontecer quando o seu dono possui mais do que uma habitação, por exemplo uma casa no campo e outra na cidade.
Embora a viagem entre um sítio e o outro possa ser igualmente stressante, a chegada a um local familiar, onde possa reconhecer cheiros e espaços, ajudará a tranquilizá-lo.
Mas se não é um dono afortunado com mais do que uma habitação, opte preferencialmente por não o levar consigo. Assim, também evita situações que podem potenciar uma fuga em ambientes estranhos, onde a segurança do seu animal poderá ficar ameaçada. Deixar os gatos quando vai para fora tem muito que se lhe diga.
Tendo de se separar do seu animal de estimação, resta saber o que pode fazer para que o seu gato possa ficar em segurança durante a sua ausência? Como proprietário de um pet é da sua responsabilidade garantir que o seu animal fica saudável e feliz.
Para escolher a forma como ele vai ficar, deverá avaliar o tempo que pretende estar ausente, se uma noite, se um fim de semana prolongado ou algumas semana, e se o seu gato se importa ou não de ficar muito tempo sozinho. Nós damos-lhe uma ajuda.
Deixar os gatos quando vai para fora: segurança e saúde
Podem ficar sozinhos em casa, mas por pouco tempo
Se pretende ausentar-se apenas por uma noite é provável que o seu gato não vá ficar infeliz se o deixar sozinho em casa, com uma boa tigela de comida, acesso a água limpa e uma casa de banho cheia de areia limpa.
Talvez até mesmo duas noites, se ele não for um gato que sinta muito a falta de companhia humana. Mas nunca mais do que isso. O principal entrave que os especialistas apontam para deixar um gato sozinho em casa por vários dias tem a ver com a sua segurança e saúde.
Mesmo que opte por um alimentador automático, que evita que ele coma a comida toda no primeiro dia e que lhe possa servir água fresca regularmente, nunca se sabe o que pode acontecer ao deixar os gatos quando vai para fora. Se ele ficar doente por exemplo, dificilmente alguém o poderá ajudar.
Com uma dieta reduzida ao mesmo tipo de nutrientes, comida seca, e com a hipótese de ficar deprimido e recusar comer, pode ocorrer um agravando de alguma doença ou sintoma latente, especialmente se já for um animal idoso.
Limpeza da areia
O outro problema é a sujidade que se vai acumular no seu wc. Os gatos não gostam de areia muito suja e podem recusar usar local se acharem que já está demasiado usado, começando a escolher outros sítios da casa para se aliviarem.
Por estas razões, deixar o seu gato sozinho em casa só deverá ser uma opção se não tiver ninguém que possa cuidar dele e se a sua ausência não for mais longa do que uma ou duas noites.
deixar os gatos quando vai para fora: alguém de confiança
Contar com um amigo ou familiar, em quem possa confiar, para tratar bem do seu amigo de bigodes é a solução ideal para uma ausência superior a duas noites.
Para fazer a sua escolha escreva numa lista as pessoas que conhece e que o podem ajudar visitando a sua casa, pelo menos uma ou duas vezes por dia, para renovar a alimentação e a água do gato, para limpar o seu wc e brincar um pouco com ele.
Um gato pode ficar contente no seu ambiente, mas facilmente se aborrece se não tiver estímulos para se entreter. Essa pessoa de confiança deverá estimulá-lo para que ele mantenha a sua vivacidade e bem estar enquanto aguarda a chegada do dono.
Se a sua lista de nomes for curta ou inexistente, procure um serviços de pet sitter na sua região para que possa contratar um cuidador de confiança. O ideal é que conheça alguém que já tenha utilizado esses serviços e que possa indicar um de qualidade.
Pet sitter é uma alternativa
O seu gato deve ter a oportunidade de conhecer e cheirar essa pessoa antes de ser deixado sozinho ao seu cuidado. Se não conhecer ninguém que tenha utilizado um pet sitter, procure informações e comentários online sobre este tipo de serviços.
Em Portugal, especialmente nas grandes cidades, já existem vários profissionais a oferecer os seus préstimos. Não se esqueça que deverá informar o seu cat sitter sobre os hábitos do seu gato, o seu tipo de alimentação e se toma ou não alguma medicação.
Antes de partir, deixe sempre o seus contactos e os contactos do seu veterinário com o cuidador para alguma emergência que aconteça.
No hotel de gatos, só como último recurso
Se não conseguiu ninguém de confiança para ir a sua casa cuidar do seu gato, resta-lhe a última e derradeira opção que é procurar um alojamento para ele ficar enquanto estiver ausente.
Como já mencionamos, esta opção irá stressar bastante o seu animal de estimação uma vez que vai ser deixado sozinho, num território desconhecido, cheio de novos cheiros que o podem amedrontar e desorientar. Não é de todo aconselhável a gatos idosos, muito jovens ou com problemas de saúde.
Ainda assim, é uma opção que não deve descartar se não conseguir solucionar de outra forma. Procure um local agradável, limpo e seguro, de preferência com criticas positivas de outros utilizadores.
Visite-o atempadamente antes de reservar a estadia do seu animal de estimação e lembre-se de ter o seu boletim de vacinas atualizado no momento da entrada no hotel. É um requisito obrigatório em todos os hotéis que funcionam ao abrigo da lei.