Luana Freire
Luana Freire
04 Jan, 2017 - 15:56

4 passos para ir ao dentista a preços baixos

Luana Freire

Obter respostas com qualidade é possível e cada vez mais portugueses vão ao dentista a preços baixos. Descubra como cuidar da saúde oral de forma económica. 

4 passos para ir ao dentista a preços baixos

Durante anos, esta foi uma área negligenciada na saúde dos portugueses, mas isso mudou e há cada vez mais pessoas à procura de cuidar do sorriso. Mas sabe como tratar da sua saúde oral e gastar pouco com isso? Elencamos os 4 passos que precisa de ter em conta para ir ao dentista a preços baixos

A saúde oral em Portugal e o acesso a todos

De acordo com declarações do bastionário da Ordem, cresceu o número de médicos dentistas em Portugal, que agora já ultrapassa os nove mil profissionais. O aumento de 4,6% aponta que, em até dois anos, existirá um médico dentista para cada mil habitantes. Isto significará o dobro da real necessidade, segundo as recomendações da Organização Mundial de Saúde. 

E se cresce a lista de dentistas em atividade nos país, sobe também o número de portugueses beneficiados. No entanto, ainda há quem acredite que cuidar dos dentes significa gastar muito dinheiro. Mas sabia que há formas económicas de ir ao dentista? Nós mostramos como. Tome nota.


4 passos para ir ao dentista a preços baixos

1. Universidades

Para quem não consegue esticar o orçamento e não pode pagar pelas consultas no dentista, é possível optar por ir às consultas de medicina dentária nas faculdades do país. Seja para uma avaliação de medicina dentária ou para um atendimento de higiene oral, vale a pena ponderar usufruir dos preços praticados pelas instituições de ensino. 

Na faculdade de medicina dentária da Universidade de Lisboa, por exemplo, é possível encontrar dentistas a preços baixos: o valor de uma consulta ronda os 20 euros. Na Universidade do Porto os preços descem mais: cada ida ao dentista fica-lhe por 16,50 euros.



2. Sites de ofertas

Com cada vez mais profissionais, a área da saúde oral passa a ser um mercado em ascensão e que vive numa disputa pelos seus clientes. O resultado é uma oferta diversificada e uma variação de preços que pode ser interessante para o bolso dos pacientes que procuram pelos serviços. 

Sites de oferta como Groupon, Goodlife e Odisseias disponibilizam, através de acordo com os profissionais, vouchers para consultas e tratamentos dentários a baixos preços. Os serviços são diversificados, assim como a rede de parceiros que os sites apresentam por todo o país. Vale a pena ter em conta as promoções online que podem significar uma economia de até 70%

Se está à procura de uma destartarização, um branqueamento ou mesmo a aplicação de um aparelho dentário, está na altura de espreitar as ofertas. Só não esqueça de verificar a reputação do médico ou clínica que escolher. 



3. Cheque-dentista 

O Programa Nacional de Saúde Oral prevê a oferta de cheque dentista a grávidas, crianças, idosos e portadores de SIDA. Em julho de 2016, a iniciativa incluiu o diagnóstico de cancro oral, e isso quer dizer que há portas abertas aos utentes que apresentam um risco considerado elevado de desenvolver este tipo de tumor. O serviço é gratuito e inclui a prestação de serviços relacionados a tratamentos dentários, mas é preciso ter atenção aos critérios que definem o acesso ao programa. 

No caso do cancro, os utentes que já tiveram a doença, que são consumidores de álcool em excesso e também os fumadores têm acesso ao programa do SNN, recebendo quatro cheques: dois para diagnóstico, no valor de 15 euros cada, e mais dois para biópsia, de 50 euros. 

Crianças e jovens com idade inferior a 16 anos, e que estejam a frequentar o ensino público (ou instituições particulares de solidariedade social), assim como grávidas, a idosos e doentes diagnosticados com VIH, têm o número de cheques-dentista definido pelo Ministério da Saúde. Atualmente, os cheques são de 35 euros, valor com uma redução de cinco euros, face ao apresentado no início do programa. 

Os cheques devem ser obtidos através do médico de família e as consultas podem ser marcadas pelo utente, seguindo a lista de médicos dentistas e estomatologistas aderentes do programa. A informação está disponível no site Saúde Oral, da Direção-Geral da Saúde, ou ainda afixada nos centros de saúde. 

Quem tem acesso? 

  • Crianças com idades até 6 anos, e que estejam em situação considerada grave, têm acesso a um cheque-dentista por ano. Os critérios incluem dor e grau de infeção de dentes ainda temporários.  
  • Crianças entre os 7 e os 10 anos e que frequentem escolas públicas ou IPSS podem ter direito a dois cheques. 
  • Para os portugueses que têm entre os 13 e os 15 anos, também mediante frequência escolar no ensino público ou em IPSS, estão previstas até três consultas com cheques, sendo o primeiro deles entregue através da escola.
  • Idosos: são oferecidos dois cheques anuais para quem está acima dos 65 anos.
  • Grávidas: As gestantes que são acompanhadas no Serviço Nacional de Saúde podem usufruir de três cheques-dentista para tratamento oral, que podem ser utilizados mesmo após o término da gravidez. Neste caso, após o parto, as mulheres têm até 60 dias para recorrer às consultas e os cheques são entregues através do médico de família.
  • Doente com SIDA: Os pacientes infetados com o vírus VIH têm acesso a seis cheques. 
  • Utentes com alto risco de cancro oral: Os pacientes que apresentem lesões suspeitas na boca ou que tenham um historial de doenças que comprove o alto risco de desenvolvimento do tumor, têm direito a quatro cheques, sendo dois para diagnóstico, e dois para biópsia. 

 

4. Centros de Saúde

O cenário da saúde oral em Portugal começa a mudar e os primeiros passos já estão a ser ensaiados pelo Serviço Nacional de Saúde. Em Lisboa e no Alentejo, por exemplo, treze centros de saúde implementaram em 2016 um projeto piloto que oferece assistência oral aos utentes. 

Numa primeira fase, a iniciativa visa prestar cuidados de saúde oral a sul de Portugal e, em seguida, o projeto deve avançar para outros centros de saúde do país. O período de monitorização e avaliação da experiência está previsto ser de um ano. 

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