Está cada vez mais difícil para os bancos obterem financiamento lá fora, pelo que as poupanças dos portugueses parecem ser uma boa alternativa. De forma a atrair essas poupanças, os bancos têm que oferecer alguma contrapartida aos aforradores – uma taxa de juro atractiva, apostando numa publicidade agressiva.
Tal é o caso, que a taxa já chega aos 6%, o nivel mais alto desde 2008, daí que nunca se viu os portugueses pouparem tanto como agora através dos depósitos a prazo, totalizando já quase 127 mil milhões de euros.
A banca aposta nestes produtos financeiros porque precisa de desalavancar o seu balanço, isto é diminuir o rácio de transformação, que representa a diferença entre os depósitos e os créditos.
A crise de uns é a sorte de outros e os investidores ficam a ganhar com esta situação pois conseguem taxas mais rentáveis para as suas poupanças.
De acordo com a DECO, o banco que oferece as melhores condições é o Banco Invest, que com um montante mínimo de subscrição de 2.000 euros, este depósito a um ano paga uma taxa bruta de 6%, o que significa uma taxa anual nominal líquida de 4,7%. Da mesma forma, o banco Finantia também oferece a mesma taxa por um prazo de um ano.
A única desvantagem de algumas destas contas bancárias é que uma vez que são remuneradas a taxas crescentes, é necessário manter a aplicação até ao final do prazo de forma a garantir a remuneração máxima, o que para uns pode ser fácil por essa ser exactamente a ideia, ou seja não movimentar esse capital; no entanto, para outros com menos disponibilidade financeira pode ser complicado.
No entanto, neste tipo de produtos financeiros, a ideia será exactamente colocar dinheiro a render sem o movimentar, pelo que parte-se do principio que quem subscreve estes depósitos tenha a pretensão de aguardar até ao final do prazo.