Share the post "Dicas para se render ao desapego material e sentir-se mais leve"
O ser humano tem a inata característica de se apegar às coisas materiais. Muitas vezes, ainda que instintivamente, tratamos dos objetos materiais como se fossem uma extensão de nós próprios. Mas não tem de ser assim! E, por isso mesmo, é que o desapego material é uma forma de estar na vida que deve ser posta em prática por todos.
Perceber que para praticar o desapego material não temos de abrir mão daquilo que somos e dos nossos valores e crenças é muito importante e o primeiro passo nesta caminhada. Mas então, em que consiste exatamente esta orientação para estar na vida? Simples: essencialmente consiste numa recomendação para que se desapegue de tudo aquilo que já não acrescenta nada no seu dia a dia e em todos os campos da sua vida.
Podemos estar a falar de uma roupa antiga, de um móvel guardado há anos ou de material que nem sabemos bem porque é o que temos. E que nunca sentiu aquele alívio e leveza depois de dar uma montanha de roupa ou objetos que há muito não tinha o que lhes fazer?
Desapego material em sua casa: 6 dicas essenciais
Está na hora de destralhar a casa, isso mesmo! Até porque quando começar este processo vai perceber as vantagens associadas.
É precisamente isso que defende o movimento do desapego material: entender que os objetos não passam disso mesmo, objetos, e que, se em determinada altura da nossa vida já não fazem sentido para nós, está na hora de nos desapegarmos dos mesmos.
Quem nunca sentiu o alívio de olhar para o guarda-roupa e ver tudo com mais espaço e a respirar arrumação? Ou analisar um ambiente com uma decoração mais suave após removermos alguns itens que nem sabíamos mais qual era a utilidade? Siga estas dicas rumo ao desapego material lá por casa e surpreenda-se com o resultado final.
Guarda-roupa
O guarda roupa é normalmente um dos focos mais importantes que deve atacar desde logo! Há quantos anos guarda aquelas calças que já não usa? E aquele monte de sapatos guardados nas caixas que já nem se lembra que tem?
Existem sempre várias peças de vestuário ou calçado das quais parece que não nos conseguimos libertar. E é aí que o desapego material entra em ação! Pense na quantidade de pessoas necessitadas que fariam tão bom uso a essas peças que só estão a ocupar espaço e a ganhar pó no seu armário… Dê essas peças e faça alguém mais feliz!
Tudo o que não usar há mais de um ano já sabe – é para sair do seu armário de vez.
Loiça
A loiça de cozinha e de mesa deve ser o seu segundo alvo para esta limpeza. Em primeiro lugar, esqueça a história de fechar a sete chaves aquele serviço de loiça – se o comprou, porque não usa? Só usa no Natal e mesmo assim tem medo de partir? Se esse conjunto o faz feliz, utilize mais vezes, faça da colocação sua mesa um momento agradável diariamente.
Depois, faça uma vistoria pelos seus armários da cozinha e da sala e verifique se tudo o que tem usa realmente. Taças e tacinhas, e acessórios que nunca usou? Repasse para alguém que realmente dê uso. No limite, pode até participar em alguma feirinha de rua e fazer uns trocos com essas peças.
Acessório e bibelots
A madrinha deu-lhe um anjinho, a tia um pratinho, a avó uma peça em porcelana. E como não faz o seu estilo de decoração, acaba por colocar estes objetos num canto, pois não quer desfazer-se destas prendas. Nós vamos dar-lhe uma boa notícia: não é por descartar estes itens que gosta menos das pessoas que lhe ofereceram os acessórios. Pela lógica do desapego material, se não usa e não gosta muito, livre-se delas. O sentimento é imaterial, não se esqueça!
Têxteis
Faça uma seleção de todos os têxteis que tem e doe o que não usa. Deixe o seu armário e sua casa mais leve, assim como o seu espírito. Essa organização acaba por ser também mental, e serve quase como uma sessão de relaxamento.
Certamente vai até encontrar jogos de lençóis que já nem cabem na sua cama atual. Lençóis rasgados, muito usados e sem par, descarte. A sua casa e o seu descanso merecem bons têxteis.
Caixa de recordações
Sabe aquela caixa cheia de coisinhas e recordações que o transportam para diferentes etapas e fases da sua vida? Está na hora de a revisitar e analisar o que tem lá dentro. Cartas ou documentos que o levem para estados emocionais menos positivos não têm porque ser guardados! É importante aprendermos com as coisas menos boas, mas daí a aguardarmos objetos que nos relembram constantemente essas fases, não faz muito sentido.
Papelada
Temos a tendência de acumular imensa papelada ao longo dos anos e nem toda é necessária. Se é o seu caso, então tome nota do tempo que a deve guardar:
6 meses: faturas de serviços essenciais, como eletricidade, água ou gás; assim como faturas / recibos de despesas de alojamento e alimentação;
- 1 ano: faturas de obras em casa;
- 2 anos: bens móveis, isto é, todos os equipamentos que comprou, seja um televisor, um frigorífico ou um telemóvel novo, por exemplo; despesas com oficinas; despesas com advogados;
- 3 anos: despesas com a área da saúde;
- 4 anos: faturas inseridas manualmente o Portal e-Fatura; comprovativos de Imposto Único de Circulação;
- 5 anos: tudo relacionado com bens imoveis, rendas de casa e quotas de condomínio.
Comece já hoje o desapego material em sua casa, pelo seu bem estar. No fim, as lembranças e memórias é que são importantes e não os objetos.