Portugal está entre os bons exemplos de países no que diz respeito à desigualdade de género.
A tendência tem vindo a notar-se já nos últimos 13 anos e, de acordo com os dados mais recentes do Eurostat, em 2015 a diferença média entre o número de homens e mulheres com um trabalho na União Europeia (UE) é de 11,6%, consideravelmente abaixo dos 17,3% registados em 2002.
O grande destaque vai para a Finlândia, onde a desigualdade de género é de apenas 2,1%. Entre os países com bons resultados está também Portugal que registou uma diferença de 6,7%, uma média inferior à registada no ano anterior e bastante abaixo da média europeia.
Já entre os maus exemplos surge a Itália, onde a desigualdade de género ainda está nos 20%, e Malta, com uma taxa de 27,8%.
Os números do documento demonstram que, apesar de se verificar uma melhoria nesta questão, as mulheres ainda continuam a ser alvo de descriminação, no que diz respeito ao emprego e na reforma.
O relatório do Eurostat revela ainda que a desigualdade de género no emprego continua a aumentar com a idade. A título de exemplo, o relatório mostra que a percentagem de mulheres portuguesas à procura de trabalho é de 13,5%, um número acima da média europeia (que é de 9,8%), tendo a idade um papel determinante nesta questão.
No nosso país, 65% das mulheres entre 20 e 64 anos têm trabalho, mas esse número reduz para 44,6% no caso das trabalhadoras com idades entre os 55 e 64 anos. A diferença nota-se também na idade reforma. Os dados de 2010 revelam que na reforma se verifica uma diferença de 12,8% (que apesar de tudo é inferior à média da UE que é de 16,4%). Só para ter uma ideia, em 2011 um homem recebia em média mais 313 euros de reforma do que uma mulher.
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08 Mai, 2016 - 09:00
08 Mai, 2016
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