Se costuma estar atento aos extratos mensais do banco, certamente já se deparou com aquela alínea de despesas de manutenção de conta – e também já deu conta que ela tem crescido a olhos vistos.
Pagar só para ter o dinheiro guardado no banco é, no mínimo, desconfortável – nem vamos falar das dúvidas legais que se colocam -, e é natural que procure alternativas. Pois bem, aqui vai uma lista de sugestões!
Como evitar despesas de manutenção de conta: opções a considerar
1. Contas sem despesas de manutenção
Sim, elas existem. Chamam-se contas de serviços mínimos bancários, estão previstas na lei e são obrigatórias em todos os bancos. Basta pedir ao balcão.
Esta opção não tem despesas de manutenção de conta nenhumas, mas para aderir tem de cumprir alguns requisitos, a começar por não ter mais nenhuma conta aberta em nenhum banco. Por serem de serviços mínimos, estas contas incluem menos funcionalidades que as normais e também o cartão multibanco faz menos coisas, por isso, informe-se sobre o assunto no site do Banco de Portugal antes de formalizar a adesão.
Antes de sair já a correr para o banco, pare também para pensar nos créditos que tem – é que a conversão da conta ordenado para a conta de serviços mínimos deixa-o poupar nas despesas de manutenção de conta, mas pode fazer subir o spread do crédito habitação, por exemplo. Se a subida do spread resultar num valor mais alto que as despesas de manutenção de conta, já fica a perder.
Por outro lado, convém saber que, no caso de pessoas incapacitadas ou com mais de 65 anos, a conta pode ter um segundo titular com contas noutros bancos.
2. Bancos online
Estão cada vez mais na moda e não é por acaso: em quase todos, o cliente está isento de despesas de manutenção de conta, independentemente de adquirir ou não outros serviços bancários.
A desvantagem é que vai encontrar menos balcões físicos e perde algum contacto com os gestores, mas a poupança no final do mês pode fazê-lo ficar fã dos sistemas online.
3. Domiciliação de ordenado
É uma opção simples e, em alguns bancos, dá direito a isenção total ou parcial do pagamento das despesas de manutenção de conta. Só tem de pedir ao seu empregador que passe a transferir o salário para aquela conta.
Informe-se junto do seu banco sobre esta alternativa e analise com calma. Em alguns bancos vale a pena, mas há outros em que a isenção é muito pequena ou nem sequer existe.
4. Construção de património financeiro
Aparentemente, alguns bancos entendem que os mais ricos devem pagar menos do que os mais pobres. Quando o assunto é guardar dinheiro, é comum os bancos cobrarem mais despesas de manutenção de conta a quem tem menos dinheiro e concederem mais isenções a quem acumula mais.
Pode parecer-lhe injusto, mas é uma prática habitual e, já que não pode lutar contra ela, pode tentar tirar proveito dela. Procure saber se o seu banco tem limites mínimos de isenção de despesas de manutenção de conta e quais são. Se juntar as suas poupanças todas na mesma instituição – não tem de ser no mesmo produto financeiro – pode conquistar a desejada isenção do pagamento.
5. Associação de produtos
Há bancos que lhe dão uma ajudinha se, além da conta, comprar um crédito, por exemplo. A associação de produtos traz vantagens e abre a porta à negociação da isenção de despesas de manutenção de conta. Guarde uma tarde livre e vá conversar com o seu gestor de conta.
No entanto, mantenha presente a ideia de que o negócio só compensa se a isenção das despesas de manutenção de conta não for compensada com outra coisa. Se vai deixar de pagar a manutenção da conta para passar a pagar mais 3% de spread no crédito à habitação, com certeza vai preferir ficar quieto.
Se quer mesmo apagar de vez a alínea de despesas de manutenção de conta do seu extrato bancário, as alternativas não são muitas mas existem e dão para vários tipos de perfil. Procure o seu banco, explique o que quer e ouça as ofertas que os gestores têm para lhe fazer.