Helena Peixoto
Helena Peixoto
05 Jul, 2017 - 13:12

Destinos anti-turistas: conheça 6 exemplos

Helena Peixoto

Se está a pensar ir à Islândia, Veneza ou Barcelona, re-equacione os destinos. Afinal de contas, são considerados destinos anti-turistas.

Destinos anti-turistas: conheça 6 exemplos

Se , por um lado, o turismo é um dos motores económicos e culturais de uma cidade, por outro, e quando os números começam a ser tão elevados que se tornam difíceis de controlar, ele pode acabar por ser prejudicial.

E foi com este pensamento em mente que algumas cidades começam a promover medidas para limitar o número de visitantes. Conheça 6 destinos anti-turistas, mas lembre-se, esta limitação não significa que não o queiram receber; apenas que em determinada altura se pode tornar incomportável.

Já existem destinos anti-turistas: 6 exemplos

Veneza

Sabia que em Veneza vivem 55 mil pessoas? Agora surpreenda-se com uma das cidades mais visitadas de Itália: esta cidade recebe, diariamente (sim, leu bem, diariamente), cerca de 60 mil pessoas, ou seja, um maior número do que a própria população local.

Com este panorama, a câmara decidiu fazer uma experiência, em que controla a entrada de pessoas nas zonas mais populares da cidade, através de contadores automáticos na zona das pontes dos canais e do Rio Novo.

Posteriormente, apesar de não existir uma proibição tácita de entrada de turista, vão ser partilhados nas redes sociais e no site os números alarmantes para desencorajar os visitantes a procurarem estes locais em hora de ponta.

Além disso, Veneza é também um dos destinos anti-turistas porque vai lançar uma campanha de sensibilização e promoção para que os turistas visitem outras zonas da cidade e vai limitar o número de camas em hotéis e apartamentos. Estima-se que até 2030 a população local de Veneza possa mesmo desaparecer.

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Barcelona

A cidade de Barcelona está também a equacionar medidas para evitar a saturação turística e equilibrar a balança habitantes – visitantes. Afinal, os números não enganam e estamos a falar de 32 milhões de turistas para 1,6 milhões de habitantes!

Em janeiro de 2017 foi aprovada uma lei que pretende ajudar a limitar o número de visitantes. Foi criado um plano especial para acomodação de turistas que vai, por exemplo, limitar o número de camas disponíveis nos hotéis e apartamentos e regular a construção de novos hotéis.

No entanto, os projetos que estão já em desenvolvimento não podem ser travados. Além das 75 mil camas em hotéis e 50 mil em apartamentos para turistas, juntam-se 50 mil ilegais, o que faz com que a oferta de alojamento para residentes seja diminuta e com que as rendas aumentem.

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Butão

Situado entre os Himalaias, o reino do Butão é outro dos destinos anti-turistas. Uma das medidas anti-turistas instaurada é que, à parte de cidadãos da Índia, Maldivas e Bangladesh, todos que queiram entrar no reino necessitam de um visto e de ter uma viagem comprada num operador turístico oficial do Butão.

Além disso, é exigido ainda aos visitantes que paguem antecipadamente o “pacote diário mínimo”, estabelecido pelo Governo Real do Butão – falamos de uma transferência para o Conselho de turismo do Butão entre 185 a 231€ (dependendo da altura do ano). Esta taxa inclui alojamento, refeições, guias e transporte interno.

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Santorini

Santorini é uma das ilhas gregas mais famosas e é , por isso também, um das mais procuradas em termos de turismo. A partir do início de 2017 foi estipulado um limite de 8 mil chegadas por dia de turistas em navios cruzeiros, face aos 10 mil que a ilha estava a receber.

Relativamente às chegadas por avião, ainda não há limites, por isso já sabe uma alternativa para evitar a medida de um dos destinos anti-turistas.

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Noruega

Sobretudo pelo seu lado natural e selvagem, a Noruega tem atraído cada vez mais turistas e visitantes para explorarem esta fauna e flora. Face à grande procura as autoridades começam a ver uma preocupação neste tema, sobretudo nos que procuram explorar os famosos pontos Preikestolen (Púlpito) e Trolltunga (Língua do Troll), trilhos perigosos que podem originar acidentes.

Existe inclusivamente em curso um pedido feito pela Associação Norueguesa de Turismo para que sejam estabelecidas leis para limitar o acesso a estes locais. Neste caso a Noruega está na listas dos destinos anti-turistas não pelo número exacerbado de pessoas que recebe, mas pela perigosidade do que as mesmas procuram.

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Islândia

A culpada disto tudo é a famosa série ‘Guerra dos Tronos’; desde que a série estreou e ganhou muitos aficionados por todo o mundo que a Islândia bateu todos os records de procura. Para ter uma ideia, em 2017 a Islândia deve receber, só em turistas dos Estados Unidos, um número maior do que o da população local do país. Com 340 mil habitantes, espera-se um total de 2,3 milhões de turistas.

Esta questão está a preocupar as entidades turísticas, estando já a ser estudadas formas para limitar o acesso às atrações naturais mais famosas (ex: Lagoa Azul). Criar impostos para viajantes ou aumentar a taxa turística, pode ser outra das soluções.

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