Catarina Milheiro
Catarina Milheiro
12 Jun, 2023 - 11:14

4 desvantagens dos cursos profissionais

Catarina Milheiro

As desvantagens dos cursos profissionais devem ser avaliadas, tal como as vantagens. Esta é a melhor forma de acertar na escolha.

Assim que os alunos terminam o 9.º ano, devem escolher qual será o seu próximo passo. Seguir pelo ensino regular e escolher uma das áreas científicas para prosseguir os estudos, ou optar pelo ensino profissional e poder estudar uma área aprofundadamente?

Não há dúvidas de que os cursos profissionais têm vindo a ganhar destaque no sistema educativo português. Se esta pode ser uma opção, então há que conhecer, para além das vantagens, também as desvantagens dos cursos profissionais – para saber o que esperar e com o que contar no futuro.

Estes cursos são oferecidos pelas escolas e outras instituições de ensino em Portugal, sendo concebidos para fornecerem aos estudantes uma formação prática e bastante específica numa determinada área profissional.

No fundo, combinam a teoria e a prática e visam preparar os alunos para ingressarem diretamente no mercado de trabalho. Como? Capacitando-os com competências e habilidades técnicas que são procuradas pelas empresas.

Para além disto, saiba que este tipo de cursos também possibilita a continuação dos estudos no ensino superior. E é precisamente nesse contexto que vamos incidir neste artigo. Explore connosco as desvantagens dos cursos profissionais e perceba se esta é a melhor opção.

As 4 desvantagens dos cursos profissionais

Se há dúvidas sobre escolher o ensino regular ou o profissional, importa informar-se não apenas dos benefícios associados à cada escolha, como ainda das suas desvantagens.

1.

Os cursos profissionais são menos focados na teoria

Os cursos profissionais combinam a teoria e a prática. Contudo, estão muito mais virados para a componente prática e para a aquisição de competências técnicas do que para o estudo teórico em si.

Esta questão pode ser uma desvantagem, principalmente para os alunos que ambicionem ter uma base teórica bem sólida antes de entrarem no mercado de trabalho.

Por outro lado, para aqueles que pretendem seguir carreiras que exijam um conhecimento aprofundado em algumas áreas, os cursos profissionais também podem não ser o percurso mais indicado.

2.

Há limitação das áreas de estudo

Uma das desvantagens dos cursos profissionais é o facto de serem focados em áreas muito específicas. Este aspeto pode ser uma autêntica desvantagem para os alunos que desejam explorar diferentes campos de conhecimento.

Por exemplo: se um aluno optar por mudar de área mais tarde e explorar outros interesses, poderá ser necessário realizar um novo curso ou procurar uma formação adicional.

3.

Confere menos valor académico

Ainda que com o passar dos anos os cursos profissionais tenham vindo a ganhar outra conotação perante o mercado de trabalho, a verdade é que este tipo de formação pode ter menos valor académico do que os cursos do ensino regular.

O que significa que, um jovem que tenha feito um curso profissional pode ter mais dificuldades em inscrever-se numa pós-graduação ou de ser considerado para um determinado emprego, até.

Tal acontece porque alguns empregadores tendem a valorizar mais os diplomas da universidade (de licenciaturas, mestrados e doutoramentos) – algo que pode limitar bastante as oportunidades de emprego para os jovens que optam por se formar em cursos profissionais.

4.

Há menos oportunidade de progredir na universidade

É possível continuar os estudos após a conclusão de um curso profissional. No entanto, pode haver algumas limitações no que diz respeito ao acesso a determinados cursos do ensino superior.

Isto é, alguns cursos profissionais podem não ser diretamente reconhecidos como pré-requisitos para a entrada em determinadas universidades ou programas de estudo avançados.

Por isso mesmo, o ideal é informar-se bem sobre a área que se pretende seguir no futuro, avaliando as certezas e dúvidas inerentes às opções em causa.

Como funciona o ingresso no ensino superior?

Depois de terminar um curso profissional, os jovens podem ingressar no ensino superior. No entanto, este processo é totalmente diferente dos estudantes que concluem o ensino regular.

Assim, em vez dos exames nacionais, os alunos deste tipo de cursos podem fazer exames específicos para acederem ao ensino superior. Estes exames podem variar consoante o curso profissional e a área de estudo em que os estudantes pretendem ingressar. São exemplos de exames.

  • provas de ingresso – exames específicos que estão relacionados com a área de estudo que o aluno pretende;
  • exames de aptidão vocacional – alguns cursos superiores como design ou artes podem exigir que os alunos façam este tipo de exames de aptidão para avaliar as suas habilidades e conhecimentos práticos na área.

Para além dos exames, os alunos podem ser avaliados com base noutros critérios como a classificação final do curso, por exemplo. Contudo, estes critérios variam consoante a instituição de ensino e claro, o curso desejado.

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