Os números apontam para uma descida do desemprego, nos países em desenvolvimento da União Europeia. Contudo, serão estes números o reflexo de um esforço positivo dos estados-membros para controlar a situação actual ou serão, apenas, uma linha ilusória de crescimento, enquanto os verdadeiros problemas continuam subjugados aos ‘gigantes’?
Quero acreditar que temos “uma Europa de todos e para todos”, em que a consciência colectiva se sobrepõe à individual, porém os resultados demonstram o contrário – a falta de transparência nas tomadas de decisão a nível supranacional, assim como a implementação de políticas que não têm em consideração as necessidades de todos os estados, fazem com que a população em geral se desinteresse por todos os assuntos europeus.
Actualmente, o Desemprego em Portugal situa-se nos 14,3% e na União Europeia está em 11,1%, quanto ao desemprego jovem europeu os números são mais assustadores, ronda os 23%. Assim sendo, não será este o resultado mais que óbvio que é necessário criarem-se ferramentas e instrumentos que permitam aumentar a empregabilidade na Europa, assim como fomentar o crescimento e desenvolvimento económico?
Apesar da principal preocupação ser o controlo do défice e o fim da dívida pública, muitos estados-membros têm taxas de desemprego altíssimas e isso, num futuro próximo, vai continuar a pesar, quer no orçamento, quer nos programas de austeridade, assim como nas famílias.
Famílias que sempre cumpriram as obrigações e que são forçadas a partir em busca de trabalho, em busca de uma oportunidade para pagaram dívidas não saldadas, contas e alimentação.
Em 2012, Mário Schulz afirmou “é hora de falar sobre como vamos conduzir a Europa para fora da crise. É hora de agirmos com determinação” e a verdade é que, apesar de todos os esforços e das melhorias significativas quanto ao défice, os Europeus ainda pagam um preço muito alto pela crise instalada e, isso verifica-se, não só pelas estatísticas, mas também pela falta de apoio europeu para obter resultados convergentes.
Os cidadãos devem ser a prioridade, independentemente dos jogos de poder e de uma Europa constrangida por uma crise financeira arrebatadora, mais que apresentar estatísticas satisfatórias, é essencial apresentar soluções, tornar o mercado equilibrado e, preocuparmo-nos com a vivência das famílias, e não, a sua sobrevivência.
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