Share the post "Doenças endócrinas: sintomas e tratamentos das 7 mais comuns"
A maioria das doenças endócrinas estão relacionadas com o mau funcionamento do pâncreas, hipófise, tiroide e glândulas suprarrenais. Por sua vez, este mau funcionamento deve-se à falta ou excesso de determinadas hormonas. Conheça as doenças endócrinas mais comuns e os principais sintomas que as caraterizam.
Doenças endócrinas: o que são e quais os sintomas?
O que são doenças endócrinas?
No corpo humano, o sistema endócrino é constituído por um número de glândulas que produzem várias hormonas. Neste sentido, as glândulas endócrinas segregam diferentes hormonas que, por sua vez, regulam as várias funções do corpo.
Desta forma, o sistema endócrino controla todos os processos que ocorrem no nosso corpo, desde, por exemplo, o crescimento de uma célula, à frequência cardíaca ou mesmo temperatura corporal.
Como tal, as doenças endócrinas são resultado do mau funcionamento do sistema endócrino. Isto é, os distúrbios endócrinos ocorrem quando uma ou mais glândulas não estão a funcionar da forma devida, verificando-se uma anomalia na produção de hormonas.
Sintomas mais comuns das doenças endócrinas
Os sintomas das doenças endócrinas podem ser muito comuns, mas noutros casos podem ser bastante díspares. Caso tenha um ou mais destes sintomas e estes perdurem no tempo, será aconselhável consultar um médico.
- Confusão ou perda de consciência por breves momentos;
- Pressão arterial muito baixa;
- Cansaço;
- Sede em excesso;
- Frequência cardíaca muito lenta;
- Desidratação;
- Depressão;
- Ansiedade e irritabilidade;
- Alterações de humor;
- Dificuldades em respirar;
- Problemas oculares, como secura, irritação, pressão ou dor nos olhos;
- Fadiga severa ou fraqueza;
- Intensa e inexplicável dor de cabeça;
- Vómitos e enjoos;
- Diarreia/ obstipação;
- Distúrbios do sono;
- Intolerância à temperatura;
- Ciclo menstrual irregular.
Conheça as 7 doenças endócrinas mais comuns
1. Diabetes
Começamos esta lista com uma das doenças endócrinas mais comuns, a diabetes. Em Portugal, a diabetes afeta mais de um milhão de pessoas, sobretudo população mais idosa.
Esta doença metabólica carateriza-se pelo aumento dos níveis de açúcar no sangue (glicose), que se traduz numa deficiência de insulina no organismo do doente. Por sua vez, a insulina – produzida no pâncreas – é fundamental para captar a glicose presente na corrente sanguínea, facilitando a entrada da mesma nas células do organismo, para que esta possa ser transformada em energia.
Na base destas alterações estão anomalias no pâncreas, que se caraterizam pela dificuldade em fazer a correta degradação do açúcar. Os principais sintomas de alerta são o excesso de sede e fome, bem como alterações no peso.
2. Obesidade
A obesidade é já considerada uma epidemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS), facto que se deve aos inúmeros problemas inerentes a esta doença. São de destacar a diabetes, a hipertensão, a apneia do sono, o risco cardiovascular, entre vários outros. Em Portugal, segundo a Fundação Portuguesa de Cardiologia, perto de um milhão de portugueses são obesos.
A obesidade decorre de uma acumulação excessiva e anormal de gordura corporal, que afeta a saúde. Isso verifica-se quando o número de calorias ingerido é superior ao gasto. Por sua vez, essas calorias não sendo gastas acabam por ser armazenadas como massa gorda, correspondendo a um índice de massa corporal superior a 35 kg/m2.
3. Doenças da tiroide
Hipotiroidismo, hipertiroidismo, Doença de Graves, Tiroidite de Hashimoto, nódulos – estas são algumas das doenças endócrinas mais comuns relacionadas com a tiroide.
O aspeto comum a todas estas doenças prende-se com uma anomalia no funcionamento da tiroide; glândula que é regulada por outras hormonas, produzidas na hipófise e no hipotálamo.
O facto de esta glândula endócrina segregar hormonas tiroideias torna-a responsável por controlar a velocidade metabólica do organismo, o que significa que tem um papel essencial no correto funcionamento do organismo.
Deste modo, podemos depreender que a tiroide tem bastante influência no organismo, como é o caso de alterações de humor; frequência cardíaca; controlo do apetite; do sono; peso; líbido, entre muitos outros.
4. Colesterol alto
A dislipidemia é outra das doenças endócrinas mais comuns na população portuguesa e uma das principais causas de morte em Portugal. Caraterizada pela elevada presença de gordura no sangue, esta é uma doença que apresenta um elevado risco cardiovascular, uma vez que a gordura se acumula nas paredes das artérias.
Esta acumulação de gordura causa rigidez e espessamento das artérias, o que por sua vez obstrui as mesmas, dificultando a passagem do sangue. No entanto, esta é uma doença silenciosa, que com o passar dos anos, se não for devidamente tratada, pode desencadear vários problemas de saúde, nomeadamente: enfarte do miocárdio, acidentes vasculares cerebrais e angina de peito.
5. Ovários poliquísticos
Por fim, outra das doenças endócrinas mais comuns prende-se com os gónadas, isto é, as glândulas sexuais que produzem as hormonas, como é o caso do testículo e do ovário.
O síndrome dos ovários poliquísticos (SOP) afeta 6% da população feminina, sendo mais comum nos casos de mulheres que apresentam elevadas taxas de hormonas masculinas. Para além desta tendência, existe um conjunto de sintomas caraterísticos, entre os quais: fluxos menstruais irregulares, acne, obesidade, queda de cabelo, entre outros.
Apesar de ser uma síndrome que não tem cura, existe uma grande taxa de sucesso no controlo dos ovários poliquísticos, sendo que na maior parte das vezes basta recorrer a medicamentos, como anticoncecionais.
Além disso, é importante manter uma atividade física e evitar o excesso de peso para não interferir com os efeitos da medicação.
6. Síndrome de Cushing
Trata-se de uma doença endócrina causada por níveis elevados de cortisol no sangue.
7. Feocromocitomas
Tumores, geralmente benignos, formados por células produtoras de substâncias adrenérgicos, como a adrenalina. É comum localizarem-se nas glândulas suprarrenais ou glândulas adrenais. Contudo, podem ter outras localizações. Este tipo de tumor necessita de intervenção cirúrgica e raramente responde ao tratamento de quimioterapia ou de radioterapia.
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