Ekonomista
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17 Abr, 2024 - 07:07

Tem dor crónica? Saiba como identificar e aliviar os sintomas

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Sabe o que é dor crónica? Consegue fazer a distinção com a dor aguda? Saiba mais sobre esta doença que afeta 30% dos adultos portugueses.

Mulher com dor crónica

De acordo com um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), 30% da população adulta em Portugal sofre de dor crónica. Esta é considerada uma doença que persiste, mais de três meses, mesmo depois da lesão que provocou esta reação ter sido curada.

Na Europa, 19% dos adultos têm este problema e os estudos indicam que a prevalência vai aumentar ao longo dos próximos anos.

Saiba as diferenças: dor aguda ou dor crónica?

Dores crónicas
As dores crónicas afectam uma vasta franja da população portuguesa

A dor aguda, ao contrário da dor crónica, desaparece assim que é tratada a lesão e é importante para o diagnóstico correto do paciente. A dor aguda é a resposta a um estímulo nocivo ao bom funcionamento do corpo humano e serve até para prevenir lesões adicionais.

Em Portugal, de acordo com o mesmo estudo realizado pela FMUP e dirigido pelo investigador Luís Azevedo, “a dor crónica tem um grande impacto tanto a nível individual como social”, principalmente nas pessoas entre os 45 e os 60 anos, grupo etário em que a perda de trabalho à conta desta doença dificulta o regresso ao mercado (o que leva a pedidos de aposentações antes do tempo).

As causas mais comuns são:

  • Fibromialgia;
  • Osteoartrose;
  • Cefaleias;
  • Artrite Reumatóide.

Sintomas da dor crónica

A dor crónica afeta drasticamente a qualidade de vida do paciente e, de acordo com alguns estudos, cerca de 60% destes doentes não são capazes de prosseguir com o seu trabalho.

Dois terços destes pacientes apresentam dificuldades em dormir mas também são registados casos de depressão e alterações de comportamento.

Além do impacto físico e mental da dor crónica, esta doença custa à economia europeia, todos os anos, 34 mil milhões de euros.

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Tratamentos para a dor crónica

Os tratamentos são variáveis consoante o quadro clínico do paciente. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tratamento deve servir para eliminar completamente a dor crónica ou, caso seja impossível, para travar o aparecimento da chamada “memória da dor”, o fenómeno que serve para descrever a persistência dessa dor mesmo depois da lesão que a provocou ter sido corretamente tratada. A terapêutica divide-se em dois grupos, que explicamos a seguir.

Tratamento Farmacológico

São usados os analgésicos opióides (morfina e codeína) e os anti-inflamatórios não esteróides (paracetamol).

Podem ainda ser utilizados os chamados medicamentos adjuvantes que também contribuem para o alívio da dor – antidepressivos, relaxantes musculares ou os ansiolíticos.

Podem ainda ser usados anestésicos locais e agentes neurolíticos para impedir a progressão da dor.

Tratamento não-farmacológico

São usadas técnicas de relaxamento, e é feita a estimulação elétrica transcutânea, psicoterapia e até fisioterapia.

O exercício físico também é benéfico para aliviar os sintomas da dor crónica – exercícios para o alinhamento da postura corporal são essenciais para ajudar a libertar os movimentos e as fibras musculares.

Natação, Yoga e Pilates são algumas das modalidades que ajudam os doentes com esta patologia a recuperar qualidade de vida.

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