As dores menstruais ocorrem nas áreas da barriga e zona pélvica antes ou durante a menstruação. Podem manifestar-se de forma isolada ou acompanhadas de outros sintomas como dores de cabeça, fadiga ou náuseas e vómitos.
Esta dor é conhecida na medicina por dismenorreia e pode manifestar-se de diferentes formas, com maior ou menor intensidade.
Tipos de dores menstruais e o que fazer para aliviar
Dismenorreia primária
Surge como uma dor aguda ou convulsiva na zona inferior do abdómen. Começa entre 24 a 48 horas antes do início da menstruação e desaparece gradualmente ao fim do primeiro dia.
É comum em mulheres entre os 17 e os 25 anos e mais raro nos anos seguintes ou após terem tido filhos. Esta dor também acontece muito nos meses seguintes à menarca (primeira menstruação).
Porque temos cólicas menstruais?
Esta perturbação deve-se às contrações uterinas anormais que ocorrem em resultado de um desequilíbrio químico no corpo a nível da prostaglandina e do ácido araquidónico, substâncias químicas que controlam a contração do útero.
Como aliviar?
Alguns anti-inflamatórios podem ajudar a aliviar estes sintomas e, por vezes, o tratamento hormonal, como a pílula, pode ser eficaz.
Outras recomendações que podem ajudar são:
- Praticar exercício físico;
- Ingerir mais líquidos (como água e sumos de fruta);
- Diminuir o consumo de álcool, tabaco e de cafeína.
A dismenorreia primária tem tendência a existir durante toda a vida da mulher, embora, regra geral, vá diminuindo com o passar dos anos.
Dismenorreia secundária
Ocorre quando a dor é mais contínua e intensa. Por norma, manifesta-se uma semana antes da menstruação e pode aliviar ou piorar durante esse período, ou mesmo continuar durante todo o ciclo.
Estas dores menstruais surgem com maior frequência em mulheres com idade superior a 30 anos e, particularmente, nas que já tenham sido mães.
O que pode estar na origem destas dores mais intensas?
A dismenorreia secundária deve ser alvo de preocupação, uma vez que pode ser um sintoma de uma doença como a endometriose.
A endometriose provoca frequentemente dores pélvicas crónicas causadas pela instalação de um tecido semelhante ao endométrio fora do útero, geralmente noutros órgãos genitais, dentro da pélvis ou na cavidade abdominal.
Outras causas possíveis para a dismenorreia secundária são:
- A doença inflamatória pélvica;
- O fibroma no útero;
- Uma gravidez anormal (por exemplo, um aborto espontâneo ou gravidez ectópica;
- As infeções, os quistos de ovário ou os pólipos na cavidade uterina.
Como tratar?
Nestes casos, recomenda-se a ida ao médico. O tratamento a ser aconselhado vai variar em função da causa desta perturbação e da sua gravidade.
Estima-se que entre 25% e 60% das mulheres sofram de dores menstruais, sendo que de 1% e 15% dos casos apresentam dor com maior intensidade.