As consequências de dormir pouco podem ser várias.
Desde os prejuízos para a produtividade até aos efeitos negativos para a saúde física e mental da pessoa.
É essencial que esteja atento à quantidade de horas de sono diárias, assim como à qualidade do sono, para que consiga realizar, se necessário, mudanças de hábitos positivas, a fim de acabar com as noites mal dormidas.
O sono é extremamente importante para o seu bem-estar e para que consiga obter um bom desempenho profissional no seu dia a dia.
A importância do sono para a saúde e bem-estar
Um dia tem 24 horas, e é essencial que algumas dessas horas sejam passadas a dormir. Quando dorme, está a desligar o seu corpo das preocupações e a atingir o mais profundo estado de relaxamento.
Todos nós precisamos dessas horas de descanso diárias para repor as energias gastas durante o dia. Falamos não só da energia física, como também da mental.
Sabemos que não é fácil lidar com as preocupações do trabalho ou até mesmo com alguns obstáculos que a vida lhe pode trazer, no entanto, é de extrema importância que compreenda o sono como uma necessidade fisiológica (assim como a alimentação e a respiração, por exemplo).
Dormir pouco é um problema que afeta cada vez mais pessoas em Portugal. Num inquérito realizado pela Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) e pela Sociedade Portuguesa de Medicina do Trabalho (SPMT), a uma amostra de 653 portugueses com idade igual ou superior a 25 anos, foi possível concluir que quase metade dos adultos com mais de 25 anos dorme menos de 6 horas por dia.
Como podemos ver, trata-se de um número considerável e é por isso importante que todos nós tenhamos o conhecimento das consequências de dormir pouco.
8 consequências de dormir pouco
É um facto que, dormir pouco pode trazer consequências bastante negativas para a sua saúde física e mental.
Mas afinal quais são as horas de sono diárias recomendadas? Segundo a American Academy of Sleep Medicine, são aconselhadas pelo menos 7 horas de sono por dia para um adulto. Contudo, este número pode-se alterar quando a pessoa em questão é um jovem adulto, passando para 9 horas de sono diárias.
Quando, por algum motivo, as pessoas não dormem as horas devidas, muitas vezes por dias consecutivos, é essencial que alterem alguns hábitos e rotinas para que consigam estabilizar o seu sono novamente.
Caso contrário, algumas das consequências de dormir pouco podem começar a manifestar-se. Fizemos uma listagem com várias consequências físicas e mentais que podem ocorrer, tome nota.
Ansiedade
Por vezes não conseguimos dormir porque nos sentimos ansiosos por algum motivo. Contudo, quando esta ansiedade passa de uma situação ocasional para uma rotina, é sinal de que está a entrar num ciclo vicioso.
Quando não consegue dormir, é natural que se sinta ansioso e essa ansiedade irá ser também observada ao longo do seu dia (isto é, no trabalho e em casa). Como não dormiu a tendência é para ficar ainda mais ansioso durante o dia. Quando isto acontece, deve marcar consulta com o seu médico para que consiga compreender o que o faz sentir desta maneira, e a fim de resolver o problema o mais rápido possível.
Desvio de atenção e perda de memória
É normal que ao dormir pouco durante várias semanas seguidas, comece a sentir o seu desempenho afetado ao longo do dia. Ou seja, aparecem então as dificuldades em estar devidamente concentrado e pode mesmo vir a ter alguma perda de memória.
O cérebro consolida memórias durante o sono. A memória é construída numa sequência específica do ciclo do sono – na fase de ondas lentas (sono profundo) e na fase REM, aquela em que sonhamos. Ao não dormir as horas suficientes, as memórias não são tão bem consolidadas e isto faz com que a pessoa fique mais suscetível em esquecer-se das coisas.
Esta é uma das consequências para as quais deve estar muito atento, isto porque para além de ser altamente prejudicial no trabalho e em casa, pode ainda manifestar um perigo para a sua saúde física (quando está a conduzir, por exemplo).
Aumenta o risco de acidentes
A privação do sono é um fator presente em muitos acidentes na estrada, bem como em alguns dos maiores desastres da história mundial, nomeadamente na história da aviação. Por exemplo, os controladores de tráfego aéreo devem cumprir turnos precisos para garantir a máxima atenção.
Dormir pouco tem resultados muito negativos na estrada. A sonolência pode reduzir o tempo de reação, de tal forma que se torna equivalente a conduzir sob a influência de álcool.
Descontrolo emocional
Quando não dormimos, ou quando dormimos pouco, o nosso cérebro perde o controlo sob as nossas emoções, e ao mesmo tempo faz com que as nossas reações sejam, por vezes, totalmente inesperadas.
Situações de pequena dimensão às quais não daria qualquer tipo de atenção num dia normal, poderão ser motivo para um grande stress na sua cabeça. O descontrolo emocional devido à falta de descanso pode ser altamente prejudicial para as suas relações profissionais e pessoais.
Depressão
Poucas horas a dormir e distúrbios de sono podem levar a sintomas de depressão. Um estudo comprova que há uma forte ligação entre dormir pouco e depressão.
As insónias, o distúrbio de sono mais comum, é o que está mais próximo da depressão. Na verdade, as insónias são, frequentemente, um dos primeiros sinais de depressão. Estes dois problemas alimentam-se um ao outro, sendo que a falta de horas de sono agrava os sintomas de depressão e a depressão pode resultar em dificuldades em adormecer.
Maior risco de contrair doenças
As pessoas que dormem pouco, a longo prazo, têm maior probabilidade de virem a ter insónia crónica, assim como outro tipo de condições como a diabetes, cancro, doenças cardiovasculares (insuficiência cardíaca, AVC, elevada tensão arterial, elevados níveis de colesterol, arritmias) e problemas intestinais. A falta de sono afeta o bom funcionamento do seu corpo, e é essencial que altere as suas rotinas a fim de prevenir este tipo de situações.
Cansaço físico
Como todos sabemos, dormir pouco altera a nossa aparência física. Muitas pessoas ficam com a pele pálida e olhos inchados após noites mal dormidas. Se isto for crónico, a pele fica sem brilho, surgem rugas e olheiras.
Quando se dorme pouco, o organismo liberta mais hormonas de stress (cortisol). Produzir cortisol em excesso faz com que este iniba o colagénio, uma proteína responsável por manter a pele suave e elástica.
Quando se trata de uma situação prolongada, é natural que comece a não conseguir esconder os sinais de cansaço que se manifestam principalmente no rosto.
Aumento do peso
Dormir pouco está relacionado com um aumento do apetite e possivelmente com obesidade. Estudos reportam que pessoas que dormem menos do que seis horas por dia têm cerca de 30% mais de probabilidade de se tornarem obesas do que pessoas que dormem entre sete a nove horas por dia.
A falta de horas de sono também estimula o apetite, promovendo a vontade de consumir alimentos ricos em gordura e hidratos de carbono.
Como pode verificar, as consequências de dormir pouco são várias e é muito importante que assim que comece a sentir alguns destes sinais a aparecerem, visite o seu médico. Hoje em dia já existem várias soluções às quais pode recorrer para conseguir retomar as suas noites de sono tranquilas.