Esclarecemos 5 dúvidas sobre infertilidade

A infertilidade não é sentida através de sintomas específicos e não há um sinal visível da sua “presença” – este problema de saúde comunica com os casais através da ausência de uma gravidez, após um período contínuo de relações sexuais desprotegidas. Mas como podemos saber quando é a altura certa para procurar ajuda?

Os casais em idade fértil que estejam a tentar engravidar há 12 meses, mas continuam sem conseguir, devem marcar uma consulta de fertilidade com um especialista. Estas orientações gerais são dirigidas aos casais com menos de 35 anos, que mantenham relações sexuais regulares e desprotegidas (de 2 a 4 vezes por semana), numa situação em que nenhum dos elementos conhece uma causa para a infertilidade.

Para os casais acima dos 35 anos que queiram ter um bebé, é aconselhado que procurem por orientação médica após seis meses de relações sexuais regulares que não tenham resultado numa gravidez.

Sabe-se, hoje, que o problema tem aumentado por razões de maior sedentarismo e maior consumo de alimentos gordurosos, álcool, tabaco e outras drogas, bem como devido aos químicos libertados no meio ambiente e utilizados pela indústria alimentar, ou pela existência de múltiplos parceiros sexuais.

Também o adiamento da idade de conceção pode originar um diagnóstico de infertilidade. Lembremos que as mulheres, já após o nascimento, deixam de produzir ovócitos: uma bebé nasce com um milhão de ovócitos em cada ovário e, mais tarde, ainda pela altura da puberdade, este número cai para cem mil. Aos 28 anos, os ovócitos que restam iniciam o seu processo de envelhecimento natural e após os 35 anos esta situação é agravada – razão pela qual é comum a ausência de ovulação ou uma ovulação com ovócitos imaturos/anormais.

Os homens apenas iniciam a produção de espermatozoides após o período da puberdade e são capazes de mantê-la por toda a vida. No entanto, de igual forma, a capacidade reprodutiva masculina tende a diminuir com passar do tempo – especialmente após o período compreendido pela “idade fértil”, a partir dos 35 anos.

Importa dizer que, na generalidade dos casos, a taxa de infertilidade masculina é semelhante à taxa de infertilidade feminina – como nos mostram os números: 30% da taxa de infertilidade é masculina, ao lado dos 30% de casos de infertilidade feminina. 20% das situações ocorre por infertilidade mista, presente no homem e na mulher, e outras 20% por razões desconhecidas.

Outros motivos, relacionados com a saúde do homem e da mulher, podem estar na origem de uma situação de infertilidade. A obesidade extrema é uma delas, mas há mais:

• No homem: alterações testiculares, obstrução de dutos, patologias na próstata, ou quaisquer alterações observadas na ereção, na ejaculação ou no esperma.
• Na mulher: situação de menopausa precoce, diagnóstico de endometriose, lesões ou obstruções das trompas de Falópio, problemas ovulatórios ou anomalias uterinas e cervicais.

Desfaçamos um mito: 1 em cada 10 casais, em idade fértil, é afetado por problemas de infertilidade. A verdade é que nós, humanos, não temos um alto poder de reprodução. Estima-se que, para mulheres com idade abaixo dos 35 anos, durante a fase de ovulação exista 25% de chance de ocorrer uma gravidez. A partir desta altura, a possibilidade de engravidar cai significativamente, ficando abaixo dos 10%.

A infertilidade, muitas vezes, não é algo simples de perceber: não escolhe género, cor da pele, classe social ou poder económico. É, correntemente, um problema de saúde silencioso, que exige dos casais muito para além de um tratamento médico – há toda uma cultura à volta do tema “formar família” que exerce pressão interna e externa sobre o casal.

Socialmente, grande parte da responsabilidade pela fertilidade do casal ainda é associada à saúde da mulher, mas é preciso perceber que os homens podem, de igual forma, ser inférteis. Daí a importância de procurar atendimento médico especializado no assunto, para que seja realizada uma análise geral das condições reprodutivas, individualmente, dos elementos do casal.

Estima-se que 300 mil portugueses e portuguesas, em idade fértil, sofram de infertilidade – em todo o mundo, o problema atinge entre 15 a 20% dos casais.

Atualmente, a ciência e a tecnologia oferecem ferramentas múltiplas para ajudar quem quer engravidar e não consegue naturalmente, no entanto, não é segredo que, muitas vezes, alcançar uma gravidez pode ser sinónimo de um grande investimento financeiro. Com a Bolsa Baby Zippy a marca e as clínicas parceiras dão apoio aos casais que vivem uma situação de infertilidade, dando-lhes a possibilidade de aceder aos estudos e tratamentos especializados com condições especiais – 10% de desconto -, através de uma parceria com a clínica CETI e Grupo IVI.

O estudo da doença e o respetivo tratamento são efetuados por ginecologistas, que podem necessitar da colaboração de outras áreas disciplinares da ciência – como a endocrinologia, a biologia, a genética, a andrologia e, ainda, a psicologia.

São várias as formas de abordagem ao problema e todas devem ser orientadas a tratar as causas da infertilidade – desde terapêuticas médicas (como a indução e monitorização da ovulação) até cirúrgicas, com especial destaque para as técnicas modernas de cirurgias minimamente invasivas, realizadas por laparoscopia e histeroscopia.

Quando não é possível corrigir a causa da infertilidade, muitas vezes é possível alcançar uma gravidez por meio de Inseminação Intra Uterina (IIU), Fecundação in Vitro (FIV) e Microinjecção Intracitoplasmática de Espermatozoide (ICSI) – as chamadas técnicas de Reprodução Medicamente Assistida, que podem resolver situações já tidas como “invencíveis”.

Quando um casal decide querer engravidar é natural que exista alguma ansiedade e excitação, num misto de emoções que pode agravar-se com o passar dos meses de tentativas. O problema é que o nosso lado emocional tem peso sobre a fertilidade. Por isso, é tão importante controlar o stress e relaxar durante o período em que se está a tentar ter um bebé – e o bem estar do casal beneficia de uma maneira geral.

Quando não é possível determinar uma causa física que provoque a infertilidade, muitas vezes o sonho da maternidade/paternidade passa por adotar um estilo de vida mais saudável – facto que promove as condições de fertilidade mesmo em situações de patologia diagnosticada.

Comer bem, com base numa dieta variada, pobre em gorduras e o mais natural possível é uma das formas de promover uma condição física saudável – lembremos que o excesso de peso e a obesidade são causas de infertilidade. De igual forma, a prática regular de atividade física está aconselhada a quem pretende engravidar – há estudos que comprovam o impacto benéfico do exercício físico na fertilidade.

Para o crescente número de homens em situação de infertilidade a ciência tem deixado alguns alertas: o uso contínuo e exagerado de alguns aparelhos, como telemóveis, tablets e portáteis, bem como a frequência regular em saunas e banheiras aquecidas já são possíveis causas para a queda da qualidade do sémen.

Por fim, quem deseja engravidar deve afastar o tabaco e o álcool – quer sejam mulheres, quer sejam homens.

Mas há mais sugestões que podem fortalecer as condições de fertilidade do casal e que devem ser adotadas no dia a dia. Veja cinco dicas de seguida.

1. Divirta-se! Cuide da sua vida pessoal, afetiva e social. Livre-se da pressão e saia para passear com amigos ou em casal. Por vezes, engravidar acontece quando, depois de uma longa espera, conseguimos encontrar o equilíbrio entre corpo e alma.
2. Relaxe! Não acumule tensões no corpo. Pratique exercícios de respiração para focar a mente num estado de tranquilidade e evite pensamentos que possam perturbar a sua saúde emocional. Meditar é, de igual forma, uma ótima prática para encontrar um eixo de equilíbrio.
3. Selecione o que vai comer. Alguns alimentos são grandes aliados da fertilidade: estes são naturais, variados e ricos em vitaminas e minerais – em especial o ácido fólico e o DHA – docosahexaenóico (que revigora os espermatozoides e regula o equilíbrio hormonal nas mulheres). Também as vitaminas B, C, D e E devem ser aposta nas refeições consumidas, bem como o selénio e o cálcio. Encontre esses nutrientes em alimentos como folhas verdes, laticínios integrais, ovos, tomate, frutas cítricas, frutos vermelhos, lentilhas e feijões, salmão e atum, e sementes de girassol.
4. Durma bem. O sono, quando bem regulado, é tão importante quanto a alimentação. Tenha uma rotina com horas de deitar e levantar, e durma pelo menos 8 horas todas as noites. Com isso, vai melhorar a produção de melatonina pelo organismo e esta hormona é fundamental para o desenvolvimento saudável dos folículos ovarianos.
5. Divida as ansiedades. Os medos e as ansiedades podem estar na origem de um grande número de perturbações mentais, como a depressão – que pode levar à toma de medicações que prejudicam a fertilidade do casal. Converse com as pessoas mais próximas, alivie o peso das preocupações e procure descontrair-se. Se, ainda, assim, as emoções não forem equilibradas, talvez seja boa ideia procurar por ajuda especializada.