O elevador dos vidros é, possivelmente, uma das peças mais desvalorizadas num carro. Afinal, quando está calor, quando quer apanhar um bocado de ar, ou até dizer um mero “olá” a alguém que está a passar, vai precisar do elevador dos vidros.
No entanto, apesar da sua importância, o funcionamento do elevador dos vidros é normalmente um dado adquirido para a maioria dos condutores que, por causa disso, costumam negligenciar esta componente.
Além do mais, desde a invenção e incorporação generalizada do sistema de ar condicionado que muitos acabam, inclusive, por desvalorizar o ato de poder abrir o vidro. No entanto, é importante ressalvar que em velocidades inferiores a 70 km/h o simples ato de abrir o vidro, em vez de ligar o ar condicionado, pode ajudar a reduzir o consumo de combustível em 10%.
Se isso não é o suficiente para o convencer da importância do elevador do vidro, saiba que, em algumas marcas, caso tenha algum problema no sistema de abertura de portas, pode rodar a chave de forma a abrir a janela do carro, permitindo aceder ao vinco da porta por dentro. Este simples gesto, apesar de muitas vezes insignificante e desnecessário, pode fazer a diferença entre conseguir ou não entrar dentro do veículo.
Elevador dos vidros: como funciona?
Antes de se explicar como reparar o elevador dos vidros, é imperativo explicar o seu funcionamento.
Caso hajam dúvidas, o elevador dos vidros é um mecanismo que, como o próprio nome indica, permite abrir e fechar os vidros, sendo que o sistema costuma ser elétrico ou manual. É verdade que vão sendo cada vez mais raros os carros com elevadores manuais (a não ser os mais antigos), mas ainda existem.
Independentemente de ser um ou outro sistema, qualquer elevador dos vidros vem incorporado com uma alavanca, que serve para ativar o mecanismo, uma corda, ligada à alavanca e que por sua vez atua sobre o vidro e define quanto é que este levanta ou quanto é que abaixa, e finalmente um cavalete, para suportar todo o sistema.
Como trocar/reparar o elevador?
Se sentir que está na altura de trocar o elevador dos vidros é aconselhável levá-lo a um mecânico ou a um eletricista. O custo de um elevador de vidros pode oscilar bastante (chegando às dezenas de euros), a que deve sempre acrescentar o custo da mão de obra.
No entanto, caso ache que tem conhecimentos suficientes para o fazer sozinho e quiser poupar mais algum, pode seguir os seguintes passos:
1- Lubrificar as guias e o mecanismo do componente;
2- remover a caixa do motor e extrair o rotor;
3- Recorrendo a uma lixa, limpar o depósito das escovas e os terminais dos botões.
4- Verificar se o disco e a unidade do motor de engrenagem estão bem conectados;
5- Caso os passos anteriores não tenham dado nenhuma resposta, terá muito provavelmente de substituir os botões (caso estejam danificados) ou o dente de engrenagem na unidade do motor, que possivelmente estará desgastado.
Sintomas de que o elevador dos vidros está estragado e o que pode fazer para precaver-se
Tal como os seres humanos, a maioria das peças do mundo automóvel também se “queixam” quando sentem que “estão a ficar mal” e o elevador dos vidros não é exceção. Assim sendo, esteja atento aos seguintes sintomas.
- a janela sobe lentamente;
- a janela range ao subir ou descer;
- o ato de subir ou descer acontece espontaneamente;
- o mecanismo de elevação fica preso;
- no caso dos elevadores dos vidros com sistema eletrónico, o mesmo só pode ser ativo após o motor ligar-se.
Qualquer elevador de vidros tem tendência a deteriorar-se ou perder qualidade ou a deixar de funcionar quando há um curto-circuito ou um qualquer problema no sistema elétrico do automóvel ou sempre que há um embate mais violento. Está ainda sujeito ao desgaste natural do tempo, principalmente no que diz respeito à componente do dente de engrenagem na unidade do motor de engrenagem e das escovas do motor elétrico.
Portanto, se quer evitar complicações e um gasto adicional na carteira, esteja atento e evite situações prejudiciais ao elevador dos vidros.