Em plena revolução digital, acelerada pela pandemia de COVID-19, o emprego em cibersegurança assume um papel de inquestionável importância.
Se esta é uma possibilidade para si, nós explicamos-lhe o que deve ter em conta para abraçar uma carreira profissional com futuro garantido.
Conheça o essencial sobre emprego em cibersegurança.
Cibersegurança: mais do que importante, essencial
De acordo com o relatório “Cybersecurity Skills Gap 2022″, da Fortinet, oito em cada dez organizações inquiridas já sofreram um ciberataque. Eventos que poderiam atribuir-se à falta de competências específicas, bem como de sensibilização no que respeita à cibersegurança. Neste campo, 64% das organizações sofreram violações dos seus dados que resultaram em custos (tantas vezes avultados), impossibilidade/dificuldades de cumprir serviços, perda de receitas, entre outros prejuízos.
De acordo com a Fortinet, a falta de competências tem um impacto severo nos negócios, constituindo uma das principais preocupações dos líderes executivos em todo o mundo, onde mesmo as maiores empresas continuam muito vulneráveis.
A falta de talento na área é um dos grandes problemas a colmatar. A nível global, o número de profissionais dedicados à cibersegurança precisa de aumentar 65% de modo a garantir a defesa das empresas e evitar/diminuir os custos relacionados com ataques.
Nesse sentido, a cibersegurança revela-se uma das maiores preocupações e prioridades mercado global.
A par da aposta em ofertas de emprego em cibersegurança, a formação e certificação para aumentar o conhecimento de todos os colaboradores na área é também destacado no referido relatório.
Emprego em cibersegurança: milhares de vagas para preencher até 2026
O emprego em cibersegurança é uma das grandes necessidades atuais em Portugal (e não só).
O Centro Nacional de Cibersegurança assinou um memorando de entendimento em conjunto com várias instituições de ensino para formar dez mil profissionais em cibersegurança até 2026.
A iniciativa decorreu durante a abertura do último dia da C-Days, uma conferência de três dias que teve lugar entre os dias 7 e 9 de junho no Centro do Congressos do Estoril, apresentada por Mário Filipe Campolargo, Secretário de Estado da Digitalização e Modernização Administrativa, o qual referiu:
“Para aumentar a oferta de recursos humanos especializados em cibersegurança à disposição das empresas e da administração pública – e esta é, seguramente, uma das matérias mais importantes em termos de cibersegurança – vamos lançar uma iniciativa fundamental: a C-Academy”.
A C-Academy é um programa de formação avançado administrado por várias instituições de ensino superior nacionais, nomeadamente a Universidade de Aveiro, o Instituo Politécnico de Beja, a Universidade do Minho, o Instituto Politécnico de Bragança, a Universidade de Coimbra, o Instituto Politécnico de Coimbra, a Universidade da Beira Interior, a Universidade de Évora, a Universidade da Madeira, o Instituto Politécnico da Guarda, o Instituto Politécnico de Leiria, a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, o ISCTE, o Instituto Politécnico de Lisboa, a Nova School of Law, a Universidade do Porto, o Instituto Politécnico de Santarém, o Instituto Politécnico de Viana do Castelo, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e o Instituto Politécnico de Viseu, bem como a Fundação para a Ciência e Tecnologia/FCCN.
A C-Academy que vai permitir formar 9.800 especialistas na área da cibersegurança, está alinhada com o Referencial de Competências em Cibersegurança e terá abrangência em todo o território nacional, até ao primeiro trimestre de 2026.
Especialista em cibersegurança: competências
São várias as competências exigidas a qualquer candidato a emprego em cibersegurança. Sendo uma das áreas mais relevantes para as empresas no atual mercado, os salários são altos, para funções e responsabilidades igualmente elevadas.
Competências técnicas
No que respeita a competências técnicas, essas estão devidamente apresentadas no Referencial de Competências em Cibersegurança disponibilizado pelo Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS).
Um documento dirigido a todos os interessados – profissionais e organizações que apresenta um conjunto de conhecimentos de referência necessários para o devido cumprimento de funções em cibersegurança.
Competências sociais
Ao contrário do que alguns possam pensar, quando falamos de emprego em cibersegurança não falamos de profissionais “nerds” que passam horas no computador e que pouco se relacionam com os outros e dos quais apenas se exigem competências técnicas.
Um profissional de cibersegurança deve reunir competências sociais igualmente relevantes para o correto exercício das suas tarefas funções.
Destacam-se as seguintes competências:
- Comunicação
- Gestão de conflitos
- Relacionamento interpessoal
- Liderança
- Pensamento crítico
- Tomada de decisão
Razões para apostar no emprego em cibersegurança
Para profissionais de IT que procuram emprego em cibersegurança, não faltam argumentos. Na verdade, a atual presença e ação das empresas e entidades no mercado onde a ligação |à internet é inevitável e obrigatória, bem como os ataques conhecidos a grandes entidades – uma realidades constante e transversal – a segurança dos dados é essencial.
Para quem decide apostar no emprego em cibersegurança, pode contar com:
- Emprego com futuro
- Salário apelativo
- Desafios constantes
- Grandes responsabilidades
- Formação ao longo da vida
- Progressão na carreira
A segurança de dados de empresas e pessoas em todo o mundo, nas mais diversas áreas – industria, educação, banca, finanças, e outras – dependem dos profissionais que preenchem o emprego em cibersegurança.