Já pensou em seguir carreira numa empresa familiar existente há muito tempo no seio da sai família? Na verdade, existem empresas com história que vem de outras gerações mais antigas. Em Portugal, conhecemos vários exemplos de sucesso enorme que começaram como uma empresa familiar, como é o caso do grupo Jerónimo Martins ou da Sonae. Lá fora, outras empresas de renome começaram também com o modelo de empresa familiar, como por exemplo a Peugeot ou a BMW.
Mas terá este modelo de negócio apenas vantagens, ou a certo a ponto pode trazer questões complicadas de se resolver, levando a um impasse na empresa? Na verdade, existem pontos positivos e negativos no que diz respeito a possuir uma empresa familiar. Confira-os de seguida.
Ter uma empresa familiar: vantagens
1. Ambiente mais informal
Isto acontece, uma vez que a maioria das pessoas se conhece, sendo que, muitas vezes, mesmo as chefias são familiares.
2. Entreajuda em momentos de crise
Nestes casos, a empresa é um bem comum a todos, por que todos zelam. Por outro lado, como existe uma relação familiar e próxima, a ajuda que é dada é, à partida, descomprometida e mais empenhada.
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3. Planos feitos a longo prazo
Não esquecendo o facto de que há uma maior estabilidade em termos de capital e dos que o detêm. Há também muito empenho na gestão da empresa, que é pensada como um bem comum.
4. Processo de decisão mais célere
A decisão não tem de passar por vários acionistas e estruturas dentro da empresa.
5. Maior flexibilidade na gestão de questões quotidianas
Referimo-nos a questões como a marcação de férias ou a necessidade de dar uma falta, por exemplo. Como há menos pessoas a trabalhar na maioria das empresas familiares e Portugal, torna-se mais fácil resolver essas questões.
E quanto aos pontos negativos?
1. Há o risco de afetar as relações familiares ou a empresa
Se houver uma zanga por alguma questão da empresa familiar em causa, isso afetará também as relações pessoais dentro da família. Também pode acontecer o contrário: uma questão pessoal entre familiares que trabalham na empresa poderá refletir-se na gestão da mesma e influenciar o ambiente de trabalho.
2. Podem existir problemas de capital
Para que o poder sobre a empresa senha mantido dentro da família, é necessário que haja uma boa base financeira, de contrário a empresa não conseguirá crescer, a menos que o capital seja diluído. As estatísticas mostram que em 86% das empresas familiares, a família detém a maior parte do capital. Na verdade, nestas empresas familiares há sempre alguém que é o líder, a pessoa com força que leva tudo para a frente e a bom porto e que orienta os outros nesse caminho, servindo até de inspiração. Contudo, quando essa pessoa se afasta ou mesmo quando se dá o seu falecimento, é por vezes difícil encontrar um sucessor à altura. Na verdade, se analisarmos os números da Associação Portuguesa das Empresas Familiares, rapidamente verificamos que metade das empresas familiares portuguesas vão ainda na primeira geração, mas apenas 31% na segunda, já para não falar na terceira, onde só chegam 15%. Pode haver um desajustamento entre o ter capital e a capacidade para estar à frente da empresa. Na verdade, há quem coloque muito capital na empresa e considere que deve gerir a mesma, quando, no entanto, nem sempre tem vocação para tal, o que pode gerar conflitos. Veja também:3. Pode haver um problema de sucessão
4. Possibilidade de conflito entre ter capital e ser capaz de gerir