Será que pratica a equação da felicidade no trabalho?
Nesta análise, começamos por explorar dois conceitos que urge distinguir: ser feliz (opção filosófica sobre a vida, aceitando-a como ela é, mas agindo em direção a objetivos) e ter momentos de felicidade (emoção positiva como resposta neuro psicofisiológica a situações que nos dão prazer). Ora, ser feliz, dá muito mais trabalho! E é sobre isto que vamos falar…
Qual é, então, a fórmula mágica, a tal equação, para a felicidade no trabalho?
A resposta é simples: A = B + C
A (felicidade no trabalho) = B (descobrir-se a si próprio e às suas capacidades e competências) + C (colocá-las em prática numa organização, na sociedade, por um bem comum).
Sendo que a felicidade no trabalho é uma corresponsabilização entre partes. Vamos entender melhor esta lógica da felicidade?
A indispensável equação da felicidade no trabalho
Responsabilização pessoal
Não há dúvidas de que o trabalho, como parte integrante daquilo que somos, deve ser compreendido como mais um cenário de realização pessoal. Como? Assumindo-o como missão, descobrindo no trabalho aquilo que nos preenche, que nos faz felizes, que nos faz sentir que é aqui que queremos fazer a diferença.
Pode ser das mais variadas formas, mas todas elas com a mesma importância social: a calcetar um passeio, a recolher o lixo, a compor uma música, a descobrir a cura para o cancro, a gerir uma empresa, ou a governar um país.
O trabalho deve fazer parte, da parte de nós que deseja viver num mundo melhor! E quando o percebemos, responsabilizamos-nos por isso e sentimos-nos preenchidos. Aqui reside grande parte da felicidade no trabalho.
Responsabilidade da organização
A outra parte que não depende de nós, depende da organização a que pertencemos. Como é que esta pode e deve contribuir para a felicidade no trabalho e consequente promoção da qualidade do ambiente das equipas, melhor produção e maior rentabilidade?
Numa lógica de responsabilidade social, em primeira análise, para com os seus trabalhadores (que é aí que ela deve começar!). De que forma?
- Criando políticas positivas de acolhimento e integração, ajudando os seus trabalhadores a compreender que o seu trabalho tem um propósito e é importante para a concretização do objetivo comum. Se cada trabalhador se sentir parte da grande família que é a organização, sentir-se-á corresponsabilizado pelo seu sucesso.
- Apoiando o trabalhador na descoberta de si próprio, do que gosta de fazer, das suas competências e do seu potencial de desenvolvimento, assim como na adequação deste perfil às funções desempenhadas (também adaptadas às diferentes circunstâncias e fases do desenvolvimento humano, para uma vida equilibrada e para que se sinta respeitado).
- Na promoção da Inteligência Emocional, apoiado num trabalho interno, numa lógica de flexibilidade e de adaptação a novas situações. O trabalhador será assim mais capaz de agir com sensatez, maior assertividade, mudando o que tem de ser mudado, mas também aceitando, de forma tranquila, aquilo que não pode ser mudado.
- Nas equipas, promovendo relações saudáveis, construindo pontes, descobrindo formas de comunicação aberta e assertiva, de desenvolvimento partilhado, na construção da consciência comum, de que todos, mesmo TODOS, são muito importantes para esta missão, cada um com as suas características, tão diferentes uns dos outros!
Nascem, assim, as organizações felizes, com profissionais que percebem que ser feliz inclui muitos momentos em que a felicidade não é uma emoção do dia! Sabem ajustar-se às diferentes etapas da sua vida, transformando os problemas em desafios e encontrando soluções criativas para os ultrapassar. E todos crescem, profissionais e organizações! Há melhor Employer Branding do que este?